ALTERAÇÕES SEM MUDANÇAS VISÍVEIS
APESAR DAS MEXIDAS NO ONZE
Números demonstram um Benfica semelhante aos dois últimos jogos nos pós-pandemia
O Benfica voltou em Vila do Conde às vitórias em mais de três meses com algumas mudanças na equipa. Desde logo, o facto de de Tomás Tavares, Rúben Dias, Ferro e Nuno Tavares terem composto uma defesa tão jovem quanto inédita; a saída a três desde trás com Julian Weigl a assumir-se como primeiro pensador do futebol da equipa; Taarabt mais como médio do que como segundo avançado e ainda a primeira vez de Dyego Sousa como titular. Contudo, olhando para a realidade dos números, as alterações não traduziram um acréscimo substancial a várias
O ITEM QUE SE DESTACA DOS DEMAIS É A RECUPERAÇÃO DE BOLA NO ÚLTIMO TERÇO DO MEIO CAMPO ADVERSÁRIO
situações de jogo. ‘Apenas’ no resultado, o mais importante. Em número de remates totais, o Benfica situou-se um pouco acima da média na Liga (15,07 remates) no embate no reduto do Rio Ave, protagonizando uma ligeira melhoria em relação ao observado em Portimão. A toada manteve-se nos disparos à baliza e, nos cruzamentos, a média geral (24,56 por jogo) foi ultrapassada, ainda que ante o Tondela, o primeiro jogo no pós-pandemia, as águias tivessem rubricado 38 num encontro só. O item em que a equipa mostrou um verdadeiro progresso, tendo em conta os dados da Opta, foi na posse de bola alcançada no último terço de terreno, neste caso o do Rio Ave. Diante dos vila-condenses, a equipa de Bruno Lage conseguiu ganhar a bola por sete vezes naquela zona, contra as cinco ante o Portimonense e as seis frente ao Tondela, sustentando o que o técnico setubalense havia dito após o jogo em Vila do Conde: “Até ao golo do Rio Ave, fizemos um grande jogo, sempre a pressionar e não deixando o adversário jogar.”