CÂMARA RECUOU E HÁ DÉRBI
Reunião de emergência dissipou todas as dúvidas. Vereadora do Desporto deu o dito por não dito. Clubes e Liga impuseram-se
çA vontade de FC Porto, Boavista e Liga foi mais forte na reunião de emergência que acabou por validar a realização do dérbi da Invicta na próxima terça-feira à noite, véspera de S. João. A Câmara Municipal do Porto, que se fez representar pela vereadora do Desporto, Catarina Araújo, deu o dito por não dito, provocando um recuo que garantiu caminho aberto para que o jogo seja disputado a partir do momento que ficaram esclarecidas as derradeiras dúvidas levantadas pela PSP. No comunicado emitido pelos autarcas de Porto e Vila Nova de Gaia, Rui Moreira e Eduardo Rodrigues, na passada quarta-feira, ficou clara a posição de “manifestar ao Governo, às autoridades de Saúde e à Liga Portugal, a sua preocupação acerca da realização do jogo de futebol entre o FC Porto e o Boavista, já que, segundo o parecer da PSP, o encontro poderá ser um foco de concentração indesejado de adeptos, sugerindo-se o seu adiamento. Recorde-se que os restantes jogos onde intervêm os clubes com mais adeptos foram todos agendados para dias de semana, exatamente pelas mesmas razões, pelo que não faria sentido a realização do dérbi da cidade logo na noite de São João”, foi realçado sem margem para dúvidas.
Ao que Record apurou, Catarina Araújo, enviada por Rui Moreira, escudou-se num detalhe formal. “A Câmara nunca disse que não poderia haver jogo”, sustentou durante a reunião de ontem.
No encontro de emergência, o FC Porto fez-se representar por Luís Gonçalves, o Boavista por Álvaro Braga Júnior e Diogo Braga, além da própria Liga, que entregou dossiê às diretoras executivas Sónia Carneiro e Helena Pires, e ao diretor Tiago Madureira. Como ponto de ordem à mesa, os próprios clubes fizeram questão de congratular a cidade do Porto, abrangendo a Câmara nesse voto, pelo facto de a Invicta ter mantido o registo de zero infeções por Covid-19 que se estende desde o dia 5 de junho. Tanto FC Porto como Boavista manifestaram estranheza pelo facto de o jogo ter sido colocado em causa, dado que não tinham conhecimento de qualquer reserva por parte da PSP, que trocou comunicações e pareceres com a Liga e o MAI.
No final foi emitido um comunicado conjunto reforçando “o apelo ao comportamento cívico dos adeptos”, sendo reiterado “o pedido para que não existam aglomerações nas imediações do estádio”.*
COMUNICADO CONJUNTO FOI USADO PARA REFORÇAR “O APELO AO COMPORTAMENTO CÍVICO DOS ADEPTOS”