Record (Portugal)

CÂMARA RECUOU E HÁ DÉRBI

Reunião de emergência dissipou todas as dúvidas. Vereadora do Desporto deu o dito por não dito. Clubes e Liga impuseram-se

- VÍTOR PINTO E JOSÉ MIGUEL MACHADO

çA vontade de FC Porto, Boavista e Liga foi mais forte na reunião de emergência que acabou por validar a realização do dérbi da Invicta na próxima terça-feira à noite, véspera de S. João. A Câmara Municipal do Porto, que se fez representa­r pela vereadora do Desporto, Catarina Araújo, deu o dito por não dito, provocando um recuo que garantiu caminho aberto para que o jogo seja disputado a partir do momento que ficaram esclarecid­as as derradeira­s dúvidas levantadas pela PSP. No comunicado emitido pelos autarcas de Porto e Vila Nova de Gaia, Rui Moreira e Eduardo Rodrigues, na passada quarta-feira, ficou clara a posição de “manifestar ao Governo, às autoridade­s de Saúde e à Liga Portugal, a sua preocupaçã­o acerca da realização do jogo de futebol entre o FC Porto e o Boavista, já que, segundo o parecer da PSP, o encontro poderá ser um foco de concentraç­ão indesejado de adeptos, sugerindo-se o seu adiamento. Recorde-se que os restantes jogos onde intervêm os clubes com mais adeptos foram todos agendados para dias de semana, exatamente pelas mesmas razões, pelo que não faria sentido a realização do dérbi da cidade logo na noite de São João”, foi realçado sem margem para dúvidas.

Ao que Record apurou, Catarina Araújo, enviada por Rui Moreira, escudou-se num detalhe formal. “A Câmara nunca disse que não poderia haver jogo”, sustentou durante a reunião de ontem.

No encontro de emergência, o FC Porto fez-se representa­r por Luís Gonçalves, o Boavista por Álvaro Braga Júnior e Diogo Braga, além da própria Liga, que entregou dossiê às diretoras executivas Sónia Carneiro e Helena Pires, e ao diretor Tiago Madureira. Como ponto de ordem à mesa, os próprios clubes fizeram questão de congratula­r a cidade do Porto, abrangendo a Câmara nesse voto, pelo facto de a Invicta ter mantido o registo de zero infeções por Covid-19 que se estende desde o dia 5 de junho. Tanto FC Porto como Boavista manifestar­am estranheza pelo facto de o jogo ter sido colocado em causa, dado que não tinham conhecimen­to de qualquer reserva por parte da PSP, que trocou comunicaçõ­es e pareceres com a Liga e o MAI.

No final foi emitido um comunicado conjunto reforçando “o apelo ao comportame­nto cívico dos adeptos”, sendo reiterado “o pedido para que não existam aglomeraçõ­es nas imediações do estádio”.*

COMUNICADO CONJUNTO FOI USADO PARA REFORÇAR “O APELO AO COMPORTAME­NTO CÍVICO DOS ADEPTOS”

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INTERVENÇíO. O diretor geral Luís Gonçalves represento­u o FC Porto na Liga
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