PORTUGAL DÁ EXEMPLO AO MUNDO
Figueira da Foz recebe desde ontem a primeira prova mundial no pós-pandemia
Dezanove de junho de 2020, 10h30 da manhã. Mais de três meses depois da última competição oficial, que terminou a 15 de março na Florida, o surf de competição voltou finalmente ontem e logo... em Portugal, com o arranque do Allianz Figueira Pro, a primeira etapa da Liga MEO, que levou ontem à água todos os melhores surfistas portugueses.
Na praia do Cabedelo, as ondas não foram muitas – nem particularmente grandes –, mas permitiram aos atletas portugueses matarem saudades da competição, ainda que em tempos diferentes e com muitas medidas de segurança nas zonas de competição: cumpriu-se a distância de segurança pedida pela Direção-Geral da Saúde, utilizaram-se máscaras em todos os espaços indoor, incluindo na cabina dos juízes, e evitou-se qualquer tipo de aglomeração na praia, onde foi aparecendo muita gente para acompanhar a prova (e apanhar sol) mas sempre mantendo as distâncias aconselhadas. Dentro de água e ainda que a qualidade das ondas não tenha sido particularmente entusiasmante, todos os principais nomes do surf nacional presentes avançaram para a segunda ronda, agendada para a jornada de hoje na Figueira da Foz.
FREDERICO MORAIS E VASCO RIBEIRO PASSARAM MAS EM SEGUNDO LUGAR NOS RESPETIVOS HEATS
A única ‘meia’ surpresa acabou por ser o facto de Frederico Morais, autorizado pela World Surf League (WSL) para competir na Figueira, não ter conseguido vencer o respetivo heat.
Ao final do dia e em condições ingratas, Kikas foi batido pelo jovem da Caparica, Guilherme Ribeiro. ‘Gui’ terminou com 10,80 pontos, contra os 9,85 do único membro português no circuito mundial da WSL.
“Sabia que nestas condições tinha algumas chances. Ganhar ao Kikas é muito bom e estou muito contente”, confessou no final do seu heat.
Vasco Ribeiro também passou em segundo, tal como Kikas, batido pelo ericeirense Henrique Pyrrait no último heat do dia, que terminou às 21h20.