TRÊS ORÇAMENTOS EM CIMA DA MESA
LEÕES À ESPERA DE INSTRUÇÕES GOVERNAMENTAIS
Indefinição em torno dos moldes em que decorrerá a próxima época retarda decisões importantes
O silêncio das autoridades, em relação aos moldes em que irá decorrer a temporada 2020/21 do futebol profissional em Portugal, está a criar dificuldades à administração da SAD, impossibilitando-a de apresentar um orçamento definitivo para o futebol na próxima época. Ao que Record apurou, existem, neste momento, três ‘esboços’ de orçamento, que poderão ser adotados conforme a situação for evoluindo.
Ou seja, caso se mantenham os jogos à porta fechada, a incapacidade de gerar receitas obriga a sociedade a apresentar uma proposta de orçamento mais conservadora, nos capítulos salarial e de investimento. É que a inexistência de público nas bancadas tem reflexos não apenas nas receitas de bilheteira, mas em muitas outras vertentes, como os bilhetes de época, a venda de camarotes ou o merchandising. “Ninguém compra um cachecol ou uma camisola da equipa para ficar a ver o jogo em casa”, refere ao nosso jornal fonte próxima do processo. O segundo plano de orçamento está idealizado para a possibilidade de o Governo vir a admitir a presença de adeptos nos estádios, respeitando, naturalmente, as normas de segurança sanitária; e o terceiro projeto aponta para a eventualidade de tudo regressar ao que era antes da pandemia. Nesse cenário, improvável, seria colocado em prática o plano inicial, de que Record dera conta em meados de fevereiro, e que apontava para valores na ordem dos 70 milhões de euros. Também a normalidade – ou falta dela – com que decorrer o mercado de transferências determinará o plano de orçamento que será adotado.
TAMBÉM A NORMALIDADE COM QUE DECORRER O MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS DETERMINARÁ O PLANO QUE SERÁ ADOTADO