“Foi como dar prenda a um filho”
Luís Castro conta como viveu a conquista do campeonato pelo Shakhtar Donetsk
O técnico Luís Castro sagrou-se pela primeira vez campeão num escalão principal. Fê-lo no comando do Shakhtar e não escondeu o alívio pelo título. “É uma sensação de dever cumprido. Quando um treinador ganha, a sensação é a de quem dá uma prenda ao filho. A felicidade está mais no pai que dá a prenda do que no filho que a recebe”, explicou o treinador numa conferência de imprensa com jornalistas portugueses e da qual Record fez parte. E a verdade é que Luís Castro até receou que não pudesse ser campeão numa época “atípica e inesquecível”. “[A pandemia] surgiu quando estávamos bem. Houve aquela sensação egoísta de querermos continuar a competir. Pensei: ‘Logo agora que ia ser campeão e não vou conseguir’. Nunca tinha sido em 23 anos...
Mas o importante não somos nós, é a humanidade!”
De resto, o ex-FC Porto confessou que até teve de dar quatro dias de folga aos jogadores, pois
“a festa foi muita”, mas já aponta baterias ao que falta jogar. “Tenho contrato por mais um ano, estou feliz e cumpri o sonho de carreira. A minha única preocupação é preparar bem a Liga Europa e os cinco jogos que faltam no campeonato”, disse, abordando a decisão da UEFA a respeito das provas europeias: “Não podia ser de outra forma. Agora vamos preparar a 2ª mão dos ‘oitavos’ com o Wolfsburgo. Mas já ouvi que podemos jogar na Alemanha... Isso seria injusto. Em Kiev existem condições para haver jogo. Já sobre a Champions, só é pena não poder ir jogar a Lisboa [risos].” Além disso, o técnico declarou que no futuro gostaria de experimentar a liga espanhola. “O campeonato agrada-me”, concluiu.
“PANDEMIA SURGIU QUANDO ESTÁVAMOS BEM. NUNCA FORA CAMPEÃO EM 23 ANOS E PENSEI QUE NÃO IA CONSEGUIR”