DESVIO PARA VENDER
Esquema que ditou detenção de Luís Reforço implicava objetos dos ‘perdidos e achados’
O esquema que fez com que 14 inspetores da Autoridade Tributária e Aduaneira – entre eles estará o árbitro Luís Reforço – fossem detidos pela PSP envolvia o desvio de bens que eram apreendidos ou que ficavam nos ‘perdidos e achados’ do Aeroporto Humberto Delgado, para depois serem vendidos ou usados para benefício próprio. O ‘Correio da Manhã’ explica que foram apreendidos centenas de objetos, desde relógios a computadores portáteis, passando por perfumes ou até tabaco. É dentro deste esquema que Luís Reforço estará envolvido, sendo que a carreira na arbitragem já se encontra terminada. Tudo isto porque o juiz, que era C2, foi suspenso após um polémico encontro entre Torreense e Anadia, em março, tendo, devido à pandemia, antecipado o fim da carreira, uma vez que, aos 45 anos, estava na última temporada. Perante o sucedido, a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol demarcou o desporto da polémica. “Em nada se confunde com a arbitragem”, começa por destacar o organismo liderado por Luciano Gonçalves. “Estará a ser investigado enquanto funcionário público, concretamente pelo exercício das suas funções enquanto profissional da Autoridade Tributária, sendo nesse âmbito e não enquanto árbitro de futebol que a investigação teve lugar”, pode ler-se.