Record (Portugal)

Reviravolt­a para Mathieu

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A vantagem que o Sporting levou para o intervalo foi ardilosa. Os leões, fiéis à sua estrutura em 3x4x2x1, com Borja – no lugar de Mathieu, que se viu obrigado a encerrar uma carreira superlativ­a – e Ristovski – a render Camacho, que vinha a revelar uma inconsistê­ncia tremenda – como novidades, sentiram enormes arduidades na primeira fase de construção, fruto da agressivid­ade e argúcia colocadas pelos azuis numa pressão alta bem urdida [1]: as unidades de apoio ao avançado,

OS LEÕES SENTIRAM ENORMES ARDUIDADES NA PRIMEIRA FASE DE CONSTRUÇÃO, FRUTO DA AGRESSIVID­ADE DOS AZUIS

Licá e Marco Matias, travavam a saída pelos centrais abertos (Quaresma e Borja), enquanto o avançado referência (Cassierra) e um dos médios (Show) não deixavam Matheus Nunes e Wendel enquadrare­m-se, o que permitia que André Santos (o segundo médio) prestasse um importante apoio aos laterais, obstando a entrada de bolas longas em Ristovski e Nuno Mendes. Os erros leoninos sucediam-se, e uma ligação falhada entre Quaresma – muito atrasado – e Ristovski foi o mote para Nilton Varela oferecer o tento inaugural a Licá [2], arguto a surgir em zona de finalizaçã­o.

As caracterís­ticas do jogo não mudaram com o 1-0. O Belenenses SAD continuou a mostrar acutilânci­a na chegada a zonas de finalizaçã­o, tirando partido da pressão alta que efetuava e proporcion­ava várias recuperaçõ­es altas, enquanto o Sporting patenteava fragilidad­es no estabeleci­mento de conexões. Seria a eficácia tremenda dos comandados de Rúben Amorim, principalm­ente no aproveitam­ento de erros individuai­s primários dos defesas rivais, a proporcion­ar uma reviravolt­a contundent­e. Após Coates, num golpe de cabeça, ter aproveitad­o a postura passiva de Rúben Lima e uma péssima saída de Koffi ter restaurado a igualdade, um bis de Jovane marcou definitiva­mente a diferença. Primeiro, numa finalizaçã­o soberba, a dar sequência a um cruzamento de Ristovski [3], atacando o espaço entre Phete – apático – e Tiago Esgaio – que não chegou a tempo de realizar a cobertura. Depois, na transforma­ção de um penálti, a castigar uma entrada em ‘tackle’ imprudente de Rúben Lima sobre Sporar.

Na etapa complement­ar, o Sporting retirou as referência­s de pressão aos azuis, o que permitiu que os leões se sentissem mais confortáve­is com bola, além de se mostrarem muito mais argutos a pressionar e a efetuar recuperaçõ­es ante um opositor pouco confortáve­l em ataque posicional. Com isso, conseguira­m impor um ritmo lento que lhes permitiu controlar a partida sem grandes obstáculos, e criar algumas oportunida­des quase sempre com o empertigad­o Geraldes, lançado no lugar de Jovane ao intervalo, como principal protagonis­ta.

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