AVENSES DESPROMOVIDOS
Quem não marca morre eosavensesestão devoltaà2.ªLig apor que não sabem fazer golos
MATEMÁTICA JÁ DEFINIU PRIMEIRA VÍTIMA
INCOERÊNCIA DOS CÓNEGOS AINDA ALIMENTOU A DÚVIDA, MAS FÁBIO ABREU CANSOU-SE DE ESPERAR PELO INEVITÁVEL
Não foi uma partida bem jogada, nem podia ser porque não havia nenhum motivo para o Aves contribuir para o espetáculo. Foi uma ideia de tudo por tudo de quem estava há muito no corredor da descida a tentar arranjar um atrito para adiar o inevitável e acabou o dia em queda livre rumo à 2ª Liga por força da matemática que o triunfo do Marítimo implica na conjugação de resultados.
Na vida, como no amor, faz-se qualquer coisa para segurar a esperança e escapar ao derradeiro estertor. Foi mediante este espírito de missão que a formação orientada por Nuno Manta encarou a receção ao vizinho Moreirense, mas voltou a haver demasiada parra e pouca uva. Marasmo de ideias debaixo de um sol escaldante. Curiosamente, o Aves, que é a única equipa que ainda não marcou qualquer golo nesta retoma, fez o suficiente para anestesiar a habitual dinâmica dos cónegos durante o primeiro tempo e, até, usufruir das melhores ocasiões de finalização que o desenrolar proporcionou.
Sinal mais às custas da profundidade que a iniciativa do Moreirense proporcionou, mas também um esforço escasso para a obrigatória prova de vida que o momento reclamava. E como a prova de vida não chegou, restou ao carrasco Fábio Abreu cumprir a sentença com um desvio subtil que lançou a bola pelo meio das pernas de Fábio Szymonek.
A efémera euforia do único golo do jogo deu lugar a um silêncio sepulcral ao qual se seguiram, repartidamente, as esperadas dez substituições e todas as demais formalidades até à frieza do final protocolar.