Record (Portugal)

AVENSES DESPROMOVI­DOS

Quem não marca morre eosavenses­estão devoltaà2.ªLig apor que não sabem fazer golos

- CRÓNICA DE PEDRO MALACÓ

MATEMÁTICA JÁ DEFINIU PRIMEIRA VÍTIMA

INCOERÊNCI­A DOS CÓNEGOS AINDA ALIMENTOU A DÚVIDA, MAS FÁBIO ABREU CANSOU-SE DE ESPERAR PELO INEVITÁVEL

Não foi uma partida bem jogada, nem podia ser porque não havia nenhum motivo para o Aves contribuir para o espetáculo. Foi uma ideia de tudo por tudo de quem estava há muito no corredor da descida a tentar arranjar um atrito para adiar o inevitável e acabou o dia em queda livre rumo à 2ª Liga por força da matemática que o triunfo do Marítimo implica na conjugação de resultados.

Na vida, como no amor, faz-se qualquer coisa para segurar a esperança e escapar ao derradeiro estertor. Foi mediante este espírito de missão que a formação orientada por Nuno Manta encarou a receção ao vizinho Moreirense, mas voltou a haver demasiada parra e pouca uva. Marasmo de ideias debaixo de um sol escaldante. Curiosamen­te, o Aves, que é a única equipa que ainda não marcou qualquer golo nesta retoma, fez o suficiente para anestesiar a habitual dinâmica dos cónegos durante o primeiro tempo e, até, usufruir das melhores ocasiões de finalizaçã­o que o desenrolar proporcion­ou.

Sinal mais às custas da profundida­de que a iniciativa do Moreirense proporcion­ou, mas também um esforço escasso para a obrigatóri­a prova de vida que o momento reclamava. E como a prova de vida não chegou, restou ao carrasco Fábio Abreu cumprir a sentença com um desvio subtil que lançou a bola pelo meio das pernas de Fábio Szymonek.

A efémera euforia do único golo do jogo deu lugar a um silêncio sepulcral ao qual se seguiram, repartidam­ente, as esperadas dez substituiç­ões e todas as demais formalidad­es até à frieza do final protocolar.

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 ??  ?? PARCERIA. João Aurélio assistiu e Fábio Abreu marcou
PARCERIA. João Aurélio assistiu e Fábio Abreu marcou

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