Adulteração de resultados e atentado às leis do jogo
António Salvador esteve exatamente 115 dias sem falar de arbitragens, quebrando o protocolo que ele próprio estipulou. “Quando o Sp. Braga impôs aos seus dirigentes, treinadores e jogadores um pacto de silêncio, estendendo o convite aos demais clubes e entidades nacionais, fê-lo por considerar importante que se esclarecesse se a ausência de ruído em torno do sector resultaria em melhores arbitragens e, por consequência, em resultados mais justos e em classificações mais condizentes com o valor desportivo demonstrado pelas equipas”, registou o líder dos arsenalistas num extenso comunicado em que não deixa nada por dizer.
“A teoria de que o erro é potenciado pelo alvoroço que se cria em torno dos árbitros seria facilmente analisável ao longo destas jornadas, sem qualquer pressão adicional das bancadas e com ferramentas tecnológicas que tornam as falhas inaceitáveis. Ou seja, se num contexto quase laboratorial os erros persistem, então a conclusão a retirar só pode ser uma: o quadro de árbitros é fraco e o Conselho de Arbitragem é conivente com esta falência, permitindo que de forma reiterada se adulterem resultados e classificações”, destacou Salvador, chegando ainda a uma outra conclusão “clara e objetiva”. “A arbitragem vive uma crise de competência profunda e é dever do clube denunciar a persistência do erro e exigir mudanças imediatas, não sendo entendível que numa fase de renovação dos seus órgãos a FPF mantenha intacta uma gestão que se tem revelado um fracasso a todos os níveis, reforçando a aposta em Fontelas
Gomes e na sua equipa”, questiona o líder do Sp. Braga, exigindo ainda: “Com sentido de responsabilidade e de contributo para a estabilidade do sector, o Braga sempre teve uma postura de apoio para com o CA, mas perante o atual contexto e o absoluto descrédito desta presidência, resta anunciar a retirada de confiança a Fontelas Gomes.”