CATIÓ BALDÉ PAGOU POR VISTOS RÁPIDOS
Agente assume que deu dinheiro a funcionário da embaixada “para agilizar processo” moroso
O Ministério Público (MP) acusou Catió Baldé de corrupção passiva por pagar 20 mil euros a um funcionário da embaixada de Portugal em Bissau, César Almeida, de modo a conseguir vistos para jogadores que iam prestar provas no Benfica. Os factos, descritos pela revista ‘Sábado’ com base na acusação do MP, remontam a 2014. Confrontado por Record, Baldé tira o Benfica da equação. “Desminto categoricamente que o Benfica tenha alguma coisa a ver com isto. Limitou-se a receber os jogadores para os observar”, disse, ao nosso jornal. O empresário reconhece que as autoridades, no âmbito de outras investigações, terão intercetado um e-mail que o comprometeu. “Eu fui apanhado marginalmente. Esse cidadão luso-guineense está envolvido noutros casos de alegada venda de vistos a árabes. Provavelmente apanharam um e-mail meu, onde eu solicitava que ele me ajudasse a agilizar o processo. Os vistos não foram obtidos ilegalmente”, assegura. Embora assuma que pagou, Catió Baldé procura contextualizar a polémica. “É verdade que
“É VERDADE QUE LHE OFERECI DINHEIRO, MAS O BENFICA NADA TEM A VER COM ISTO”, AFIRMA O EMPRESÁRIO
lhe ofereci algum dinheiro porque pedi para me ajudar a agilizar o processo. Isto é ilegal? Evidentemente, é ilegal. É induzido a fazer corrupção? À luz do entendimento europeu, é considerado corrupção. Assumo essa responsabilidade. Mas que fique bem claro que o Benfica nada tem a ver com isto”, insiste. Baldé acrescenta que os jogadores envolvidos “já são todos portugueses e têm cá os pais”. Um dos implicados, segundo a ‘Sábado’, “já esteve para ser vendido a um clube alemão por 20 milhões de euros”, ou seja, seria Úmaro Embaló, que esteve perto de se transferir do Benfica para o RB Leipzig. Baldé garante que “Úmaro Embaló nada teve a ver” com este caso. Fonte do Benfica assegura que as águias desconhecem completamente os detalhes desta acusação.