Record (Portugal)

VITÓRIA 1.500 NA LIGA É A QUARTA CONSECUTIV­A

É só felicidade entre o treinador Rúben Amorim e o Sporting, com a quinta vitória em seis jogos e mais dois miúdos lançados na primeira equipa

- CRÓNICA DE SÉRGIO KRITHINAS

Pé ante pé, o Sporting é todo sorrisos desde a chegada de Rúben Amorim. O treinador endireitou os resultados, somando ontem a quinta vitória em seis jogos ao comando dos leões (a quarta consecutiv­a), ganhando um importante avanço na luta pelo terceiro lugar, ao mesmo tempo que já se permite sonhar com o segundo, que dá acesso à Liga dos Campeões, muito por culpa da queda a pique do Benfica. Ao mesmo tempo, o leão prepara o futuro, jogando uma espécie de pré-temporada para 2020/21, como se vê pelo lançamento sucessivo de miúdos da formação – ontem, foram mais duas estreias, de Tiago Tomás e Joelson, de 18 e 17 anos, respetivam­ente.

Não foi uma exibição empolgante dos leões, que chegaram ao intervalo a vencer sem muito terem feito por isso. Marcaram na única grande oportunida­de construída e viram o Gil Vicente desperdiça­r uma ainda maior. Mas tudo ficou resolvido logo depois do intervalo, após um hara-kiri da equipa minhota. Vítor Oliveira, que não esconde a crise conjugal com o Gil Vicente, apresentou um onze com algumas surpresas. Kraev ficou no banco e a defesa foi bastante remenda, em especial nas laterais. O médio Claude Fernandes atuou à direita e o central Rúben Fernandes na esquerda. Rúben Ribeiro e João Afonso tiveram como primeira missão pressionar a dupla de médios -centro do Sporting, para tentarem impedir a ligação entre sectores dos leões. A verdade é que o plano resultou globalment­e bem na primeira parte, apenas sendo furado num ataque muito rápido dos leões, que transformo­u um lançamento lateral em zona defensiva num remate certeiro de Wendel. As contribuiç­ões de Sporar, inteligent­e a baixar para dar uma linha de passe, e de Plata, que criou o desequilíb­rio pela direita, foram decisivas.

Ristovski sofre

O Gil procurou sempre atacar a profundida­de nas costas dos alas leoninos, em particular de Ristovski, que sofreu bastante com Lourency. Foi daí que surgiram algumas ameaças para Max, que teve de ser aplicar num tiro de Baraye, desferido já dentro da área. Os números ao intervalo – apenas três remates para cada lado – mostravam bem a pobreza e o equilíbrio da partida. O leão acabou por dar o golpe fatal logo a abrir a segunda parte.

Wendel, logo no primeiro minuto, isolado por Plata, teve uma perdida inacreditá­vel atirando em cheio contra Denis, mas não demorou até que o segundo golo surgisse mesmo. Um atraso ainda mais inacreditá­vel de Claude Gonçalves deixou Plata frente a Denis. Desta vez, o guardião não conseguiu travar o remate. A vencer por 2-0 e com o jogo controlado, Rúben Amorim foi rodando a equipa. O Gil Vicente tentava, mas não encontrava forma de criar perigo, ficando sempre no ar a sensação de que o 3-0 haveria de chegar antes do 2-1. Mas não foi isso que aconteceu. Comandado por Kraev, entretanto lançado em jogo, o Gil Vicente beneficiou de um penálti cometido por Doumbia sobre Hugo Vieira e convertido por Rúben Ribeiro, que tudo tentou para brilhar no seu regresso a Alvalade.

Com quatro minutos de descontos pela frente, os galos não mais tiveram bola para sequer ameaçar o empate. Amorim não recuou no plano de lançar Joelson em campo e o miúdo, cheio de moral, ainda teve oportunida­de de bater um livre direto junto à área contrária. Se tivesse marcado golo, teria sido uma história incrível. Mas saiu pífio, torto, muito ao lado. Estamos na fase em que tudo parece correr bem ao Sporting, mas – calma – não é assim tão bem.

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