DIREÇÃO VAI PROPOR VOTO ELETRÓNICO
Medida implica revisão dos estatutos. Grupo de trabalho apresentará projeto até ao dia 31
Frederico Varandas está a meio do mandato e as próximas eleiçõesdoSporting,seforemrealizadas dentro do calendário previsto, só terão lugar em 2022. Será, ainda assim, potencialmente, um ato eleitoral histórico, porque, pela primeira vez, os sportinguistas poderão votar onde quer que se encontrem, sem precisarem de se deslocar a Lisboa, graças ao recurso ao voto eletrónico remoto. Uma autêntica ‘revolução’ que foi colocada em marcha no dia 1.
Na verdade, como comunicou ontem o Sporting, “por ocasião do 114º aniversário do clube, o Conselho Diretivo nomeou um grupo de trabalho presidido pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral”, Rogério Alves, que “irá apresentar até 31 do corrente mês de julho um projeto de reforma estatutária destinado a prever a introdução do sistema de I-voting”, ou voto eletrónico remoto. Ora, como refere o comunicado dos leões, “o I-voting permitirá uma muito mais ampla e regular participação dos sócios na vida do clube, uma vez que possibilitará o voto ‘quando quiser e onde estiver’ – o grande objetivo da reforma proposta”. Conhecido
“É A FERRAMENTA MAIS DEMOCRÁTICA, UNIVERSAL E ACESSÍVEL”, DIZIA FREDERICO VARANDAS, JÁ EM FEVEREIRO
o projeto de revisão estatutária, que poderá até debruçar-se sobre outros pontos, terá de seguir-se uma assembleia ge
Aprovação exige maioria qualificada
Para consumar a alteração dos estatutos, e a eventual introdução do voto eletrónico remoto, Rogério Alves terá de marcar uma assembleia geral extraordinária. Dada a delicadeza do tema, ao contrário do que acontece na maioria das reuniões magnas, em que a maioria simples dos votos é suficiente para fazer passar as votações, neste capítulo os regulamentos são mais rígidos. O artigo 67.º dos estatutos é muito claro. “As deliberações sobre alterações dos estatutos exigem a maioria qualificada de, pelo menos, três quartos dos votos dos associados presentes”, lê-se no primeiro ponto.
ral, uma vez que “caberá aos sócios deliberarem e terem a palavra final sobre o que vier a ser proposto”.
Caso venha a ser aprovado, o ‘I-voting’ deverá estar disponível já nas eleições de 2022, assim existam condições técnicas para isso, aliás como é vontade de Frederico Varandas. “O voto eletrónico remoto é a ferramenta mais democrática, universal e acessível a todos os sócios. Num clube tão grande não o podemos reduzir a um universo tão pequeno”, dizia o presidente em entrevista a Record, em fevereiro.