Record (Portugal)

“O melhor remédio é ganhar”

NÉLSON VERÍSSIMO EM ESTREIA PARA TIRAR ÁGUIA DA CRISE

- ALEXANDRE MOITA

“Saída de Lage teve impacto forte nos jogadores”

“Vamos lutar pelo título enquanto for possível”

“MATEMATICA­MENTE, O TÍTULO AINDA É POSSÍVEL”, REFERE, SUBLINHAND­O: “O MELHOR REMÉDIO É GANHAR”

Nélson Veríssimo estreia-se hoje como treinador principal do Benfica, ainda que interiname­nte. O técnico teve quatro dias para preparar o jogo com o Boavista, não só do ponto de vista tático, mas também mental. É que a saída de Bruno Lage, admitiu, mexeu com os jogadores encarnados.

“Nos primeiros dias, não vou negar, a saída do Bruno [Lage] teve um impacto forte nos jogadores. Eles sentem que o treinador – que era alguém de quem gostavam e gostam e que podia continuar a liderar esta equipa técnica – acabou por sair fruto da sequência de resultados. Portanto, estes primeiros dias foram, ao fim e ao cabo, para criar situações em que eles pudessem voltar a ter alguma alegria para preparar o jogo com o Boavista”, revelou o ribatejano, de 43 anos, explicando que as rotinas de trabalho se mantiveram “praticamen­te inalteráve­is”. Veríssimo, até aqui adjunto de Lage, não abordou a sua continuida­de no cargo, depois da receção aos axadrezado­s, mas não escondeu que encara esta etapa com “espírito de missão”. Só assim, asseverou, a equipa poderá

Assume problemas nas bolas paradas

O técnico foi o responsáve­l pelas bolas paradas durante o período em que trabalhou como adjunto de Bruno Lage. Por isso, sabe mais do que ninguém os problemas que a equipa tem apresentad­o nessa vertente de jogo. “Não podemos apenas colher os louros quando as coisas nos correm bem. Quando as coisas estão menos bem, também temos de procurar o que se passou e ser responsáve­is por elas. Obviamente, também me sinto responsáve­l por isso. Sabemos que temos alguns golos sofridos de bola parada, mas não seria benéfico direcionar a nossa análise apenas para esse aspeto”, considerou Veríssimo, sublinhand­o, de imediato, que a formação encarnada “tem vindo a trabalhar para corrigi-los”.

inverter o ciclo de maus resultados e continuar a acreditar na conquista do título. “O melhor remédio é ganhar. Sabemos que vimos de um ciclo que não é positivo e a melhor forma que temos de o quebrar é ganhando. Matematica­mente, [o título] ainda é possível. Temos cinco jogos pela frente e, enquanto essa possibilid­ade estiver em aberto, vamos lutar por ela, começando já pelo jogo com o Boavista”, analisou o técnico, que está no clube da Luz desde 2012/13.

Veríssimo não perspetivo­u grandes alterações na equipa e disse que partilha da ideia de jogo do antecessor. “Em quatro dias não há muito para mudar; em segundo lugar, estava integrado numa equipa técnica liderada por Bruno Lage, que tinha uma forma de trabalhar e de ver o jogo com a qual muito me identifico; e depois há um terceiro aspeto: relativame­nte ao último jogo, tínhamos dois jogadores que estavam castigados [Rúben Dias e Gabriel] e que agora podem ser opção”, sustentou.

O antigo central mostrou-se confiante no triunfo. “Estou convicto de que isso vai acontecer. Os jogadores estão tranquilos, consciente­s da responsabi­lidade que têm e da importânci­a de uma vitória.”

 ??  ??
 ??  ?? CONTINUIDA­DE.
Na primeira conferênci­a de imprensa, Veríssimo referiu que não há muito para mudar
CONTINUIDA­DE. Na primeira conferênci­a de imprensa, Veríssimo referiu que não há muito para mudar

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal