“O melhor remédio é ganhar”
NÉLSON VERÍSSIMO EM ESTREIA PARA TIRAR ÁGUIA DA CRISE
“Saída de Lage teve impacto forte nos jogadores”
“Vamos lutar pelo título enquanto for possível”
“MATEMATICAMENTE, O TÍTULO AINDA É POSSÍVEL”, REFERE, SUBLINHANDO: “O MELHOR REMÉDIO É GANHAR”
Nélson Veríssimo estreia-se hoje como treinador principal do Benfica, ainda que interinamente. O técnico teve quatro dias para preparar o jogo com o Boavista, não só do ponto de vista tático, mas também mental. É que a saída de Bruno Lage, admitiu, mexeu com os jogadores encarnados.
“Nos primeiros dias, não vou negar, a saída do Bruno [Lage] teve um impacto forte nos jogadores. Eles sentem que o treinador – que era alguém de quem gostavam e gostam e que podia continuar a liderar esta equipa técnica – acabou por sair fruto da sequência de resultados. Portanto, estes primeiros dias foram, ao fim e ao cabo, para criar situações em que eles pudessem voltar a ter alguma alegria para preparar o jogo com o Boavista”, revelou o ribatejano, de 43 anos, explicando que as rotinas de trabalho se mantiveram “praticamente inalteráveis”. Veríssimo, até aqui adjunto de Lage, não abordou a sua continuidade no cargo, depois da receção aos axadrezados, mas não escondeu que encara esta etapa com “espírito de missão”. Só assim, asseverou, a equipa poderá
Assume problemas nas bolas paradas
O técnico foi o responsável pelas bolas paradas durante o período em que trabalhou como adjunto de Bruno Lage. Por isso, sabe mais do que ninguém os problemas que a equipa tem apresentado nessa vertente de jogo. “Não podemos apenas colher os louros quando as coisas nos correm bem. Quando as coisas estão menos bem, também temos de procurar o que se passou e ser responsáveis por elas. Obviamente, também me sinto responsável por isso. Sabemos que temos alguns golos sofridos de bola parada, mas não seria benéfico direcionar a nossa análise apenas para esse aspeto”, considerou Veríssimo, sublinhando, de imediato, que a formação encarnada “tem vindo a trabalhar para corrigi-los”.
inverter o ciclo de maus resultados e continuar a acreditar na conquista do título. “O melhor remédio é ganhar. Sabemos que vimos de um ciclo que não é positivo e a melhor forma que temos de o quebrar é ganhando. Matematicamente, [o título] ainda é possível. Temos cinco jogos pela frente e, enquanto essa possibilidade estiver em aberto, vamos lutar por ela, começando já pelo jogo com o Boavista”, analisou o técnico, que está no clube da Luz desde 2012/13.
Veríssimo não perspetivou grandes alterações na equipa e disse que partilha da ideia de jogo do antecessor. “Em quatro dias não há muito para mudar; em segundo lugar, estava integrado numa equipa técnica liderada por Bruno Lage, que tinha uma forma de trabalhar e de ver o jogo com a qual muito me identifico; e depois há um terceiro aspeto: relativamente ao último jogo, tínhamos dois jogadores que estavam castigados [Rúben Dias e Gabriel] e que agora podem ser opção”, sustentou.
O antigo central mostrou-se confiante no triunfo. “Estou convicto de que isso vai acontecer. Os jogadores estão tranquilos, conscientes da responsabilidade que têm e da importância de uma vitória.”