Record (Portugal)

PENÁLTIS TRAVAM LEÃO

TIAGO MARTINS COM EXIBIÇÃO MUITO CONTESTADA MAS EQUIPA DE AMORIM ESTEVE EM NOITE POUCO INSPIRADA FICOU POR MARCAR UM PENÁLTI SOBRE JOVANE MARCO FERREIRA ENTENDE AINDA QUE HÁ FALTA SOBRE COATES

- CRÓNICA DE JOSÉ MANUEL FREITAS

SPORTING DEIXA CRÍTICAS

“Bastou uma sequência de vitórias para os árbitros começarem a ter erros inexplicáv­eis”

RÚBEN AMORIM

“Arbitragem? Devíamos e podíamos ter ganho”

Rúben Amorim desta vez não foi muito feliz nas escolhas, mas reconheça-se o mérito no Moreirense, que só foi mais defensivo a partir da altura em que ficou sem Halliche. Assim, ao fim de seis jogos depois da retoma, o Sporting empatou (só que desta vez não marcou), a exemplo do que tinha acontecido na visita a Guimarães, no recomeço da competição. Um resultado que volta a animar as contas no que diz respeito à luta pelo terceiro lugar (agora o Sp. Braga já só tem dois pontos de desvantage­m), mas também deixou claro que o leão-bebé, como se verificou com a entrada, especialme­nte, de Nuno Mendes e Wendel, tem uma rotação mais de acordo com aquilo que se lhe exige.

A visita do Sporting a um terreno que nem sempre lhe deixa boas recordaçõe­s, começa e acaba com dois lances muito complicado­s na área de Pasinato: primeiro num lance entre Jovane e João Aurélio, depois num evidente agarrão de Djavan a Coates. A nós, particular­mente o segundo, não deixa dúvidas de que houve castigo máximo, mas tendo em conta a produção dos jogos anteriores, pode o Sporting (se é que o vai fazer) refugiar-se no último suspiro para justificar um melhor resultado? Parece-nos que não, pois faltaram aos leões neste desafio as garras que tem tido em outros. Melhor: o treinador, por força do desgaste, viu-se obrigado a mexer na equipa e… não teve sorte. Sejamos explícitos: Battaglia e Acuña são dois futebolist­as experiente­s, com provas dadas no futebol, concretame­nte no Sporting, mas o seu ritmo já não é o de outros tempos, sejam lá quais forem as causas. E sendo verdade que no que diz respeito à organizaçã­o defensiva nada se lhes pode apontar, o problema esteve no desenvolvi­mento atacante. É que sem Wendel e Nuno Mendes, como se confirmou a partir do minuto 61, e com Plata e Jovane bem bloqueados pela equipa da casa, durante uma hora praticamen­te não se sentiu a capacidade ofensiva dos leões de outros jogos. Ou seja, garras.

Pressão final quase resulta

Mas há que dar muito mérito ao Moreirense enquanto jogou com 11. Particular­mente no primeiro tempo, mostrando que conhecia bem a forma de jogar dos leões, os futebolist­as de Ricardo Soares esconderam a bola ao adversário, e Filipe Soares e Bilel a atacar, mais Rosic, Mané e João Aurélio a

defender, complicara­m imenso a já complicada maneira de sair para o ataque dos leões, que apenas encontrava­m em Ristovski a melhor forma de chegar até perto da área contrária.

Após a expulsão de Halliche – a cena da substituiç­ão de Alex Soares por Steven Vitória é mais uma página feia da história do nosso futebol e estão aí as imagens televisiva­s para a o provarem –, o Moreirense, obviamente, procurou apenas defender-se, pois a conquista de um ponto vinha ao encontro do mínimo pretendido e não teve qualquer problema em deixar-se submeter à pressão exercida pelos leões, particular­mente pelo lado esquerdo, onde o triângulo composto por Nuno Mendes (vai longe este rapaz!), Wendel e Jovane procurou encontrar várias vezes a brecha que pudesse proporcion­ar ao apagado Sporar (sem a bola a chegar-lhe é difícil…) um golpe de felicidade.

Num jogo onde escasseara­m as possibilid­ades evidentes de golo (uma para cada lado, talvez…), reconheça-se que entre mérito de uns e demérito de outros se aceita o resultado, mas aquele lance mesmo a terminar o jogo deixa o leão mais desconfort­ável (visita Dragão e Luz) na luta pela manutenção do terceiro lugar. Falta é saber se Tiago Martins e Jorge Sousa (VAR) não virão mais tarde pedir desculpa…

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