PENÁLTIS TRAVAM LEÃO
TIAGO MARTINS COM EXIBIÇÃO MUITO CONTESTADA MAS EQUIPA DE AMORIM ESTEVE EM NOITE POUCO INSPIRADA FICOU POR MARCAR UM PENÁLTI SOBRE JOVANE MARCO FERREIRA ENTENDE AINDA QUE HÁ FALTA SOBRE COATES
SPORTING DEIXA CRÍTICAS
“Bastou uma sequência de vitórias para os árbitros começarem a ter erros inexplicáveis”
RÚBEN AMORIM
“Arbitragem? Devíamos e podíamos ter ganho”
Rúben Amorim desta vez não foi muito feliz nas escolhas, mas reconheça-se o mérito no Moreirense, que só foi mais defensivo a partir da altura em que ficou sem Halliche. Assim, ao fim de seis jogos depois da retoma, o Sporting empatou (só que desta vez não marcou), a exemplo do que tinha acontecido na visita a Guimarães, no recomeço da competição. Um resultado que volta a animar as contas no que diz respeito à luta pelo terceiro lugar (agora o Sp. Braga já só tem dois pontos de desvantagem), mas também deixou claro que o leão-bebé, como se verificou com a entrada, especialmente, de Nuno Mendes e Wendel, tem uma rotação mais de acordo com aquilo que se lhe exige.
A visita do Sporting a um terreno que nem sempre lhe deixa boas recordações, começa e acaba com dois lances muito complicados na área de Pasinato: primeiro num lance entre Jovane e João Aurélio, depois num evidente agarrão de Djavan a Coates. A nós, particularmente o segundo, não deixa dúvidas de que houve castigo máximo, mas tendo em conta a produção dos jogos anteriores, pode o Sporting (se é que o vai fazer) refugiar-se no último suspiro para justificar um melhor resultado? Parece-nos que não, pois faltaram aos leões neste desafio as garras que tem tido em outros. Melhor: o treinador, por força do desgaste, viu-se obrigado a mexer na equipa e… não teve sorte. Sejamos explícitos: Battaglia e Acuña são dois futebolistas experientes, com provas dadas no futebol, concretamente no Sporting, mas o seu ritmo já não é o de outros tempos, sejam lá quais forem as causas. E sendo verdade que no que diz respeito à organização defensiva nada se lhes pode apontar, o problema esteve no desenvolvimento atacante. É que sem Wendel e Nuno Mendes, como se confirmou a partir do minuto 61, e com Plata e Jovane bem bloqueados pela equipa da casa, durante uma hora praticamente não se sentiu a capacidade ofensiva dos leões de outros jogos. Ou seja, garras.
Pressão final quase resulta
Mas há que dar muito mérito ao Moreirense enquanto jogou com 11. Particularmente no primeiro tempo, mostrando que conhecia bem a forma de jogar dos leões, os futebolistas de Ricardo Soares esconderam a bola ao adversário, e Filipe Soares e Bilel a atacar, mais Rosic, Mané e João Aurélio a
defender, complicaram imenso a já complicada maneira de sair para o ataque dos leões, que apenas encontravam em Ristovski a melhor forma de chegar até perto da área contrária.
Após a expulsão de Halliche – a cena da substituição de Alex Soares por Steven Vitória é mais uma página feia da história do nosso futebol e estão aí as imagens televisivas para a o provarem –, o Moreirense, obviamente, procurou apenas defender-se, pois a conquista de um ponto vinha ao encontro do mínimo pretendido e não teve qualquer problema em deixar-se submeter à pressão exercida pelos leões, particularmente pelo lado esquerdo, onde o triângulo composto por Nuno Mendes (vai longe este rapaz!), Wendel e Jovane procurou encontrar várias vezes a brecha que pudesse proporcionar ao apagado Sporar (sem a bola a chegar-lhe é difícil…) um golpe de felicidade.
Num jogo onde escassearam as possibilidades evidentes de golo (uma para cada lado, talvez…), reconheça-se que entre mérito de uns e demérito de outros se aceita o resultado, mas aquele lance mesmo a terminar o jogo deixa o leão mais desconfortável (visita Dragão e Luz) na luta pela manutenção do terceiro lugar. Falta é saber se Tiago Martins e Jorge Sousa (VAR) não virão mais tarde pedir desculpa…