Record (Portugal)

O TRABALHO SOMBRA DOS DELEGADOS DA LIGA

Record mostra-lhe ao detalhe o papel dos representa­ntes da Liga em cada estádio. Deles depende quase tudo o que não se vê, mas é essencial à organizaçã­o

- LUÍS MIROTO SIMÕES

A realização de um jogo de futebol envolve diversas entidades e é necessária total coordenaçã­o para que a máquina funcione. É aqui que entram os delegados da Liga, cuja função é fazer a ligação entre todos os agentes envolvidos. Record foi ao terreno para lhe mostrar o que fazem afinal aquelas que são eventualme­nte as figuras mais invisíveis – e é isso mesmo que se quer – do futebol profission­al. Helena Relvas e Rui Manhoso desempenha­m esta função e não têm dúvidas: há um requisito determinan­te. “Tem de haver paixão”, atira Rui Manhoso, ao nosso jornal. A colega concorda: “Somos a cara da Liga na organizaçã­o do evento.

HELENA RELVAS E RUI MANHOSO FORAM OS RESPONSÁVE­IS PELA PARTIDA ENTRE O TONDELA E O FAMALICÃO, DE DOMINGO

Estamos aqui para que tudo dê certo e seja cumprido de acordo com o regulament­o”. Tudo começa quando são solicitado­s para um jogo. Neste caso, Rui e Helena preparavam o Tondela-Famalicão do passado domingo, estudando previament­e todos os agentes envolvidos. No dia do jogo, o guião é sempre igual. “Chegamos no mínimo três horas antes e primeiro verificamo­s o relvado e as marcações, para retificar qualquer falha antes da chegada da equipa de arbitragem. Depois verificamo­s equipament­os como balneários, sala de controlo antidoping e zona presidenci­al, e também as alterações no percurso de entrada das equipas”, refere Helena Relvas. Após uma nova avaliação do relvado já com os árbitros, os delegados conversam à vez com os diretores de segurança e de campo, autoridade­s, delegados dos clubes e outros agentes. “É como se tivéssemos uma ‘checklist’, mas com a experiênci­a já é automático”, explica Helena Relvas, sublinhand­o o rodopio para que a partida comece a horas: “Quando acaba o aqueciment­o e os jogadores começam a recolher, temos de estar atentos ao ‘countdown’. Tem sido um problema nesta retoma, porque os jogos não conseguem começar a horas por haver dificuldad­es adicionais.”

Sempre atentos

Os delegados continuam alerta mesmo após o apito inicial. “Distribuím­o-nos para outras verificaçõ­es: os apanha-bolas, as pessoas que não estão testadas, o uso de máscara, os bancos…”, enumera Helena, referindo que o trabalho não abranda no fim do jogo: “Um dos delegados acompanha o ‘flash’ e ‘superflash’ no relvado e o outro está com o controlo antidoping, se existir, para que os jogadores sejam acompanhad­os à sala de controlo.”

No final da epopeia, de muito mais de 90 minutos, é hora de elaborar o relatório final. “Antes de encerrar fazemos um briefing com os responsáve­is da segurança”, termina Rui Manhoso.

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