Record (Portugal)

FÁBIO VIEIRA EXEMPLAR

CONHEÇA O PLANO DE CONCEIÇÃO PARA OS JOVENS RENOVAÇÕES DO MÉDIO E DE JOÃO MÁRIO ENCAMINHAD­AS

- ANDRÉ MONTEIRO

PINTO DA COSTA “Vitórias são todas para símbolos como Seninho”

Os jogadores oriundos da formação têm esta temporada um peso na equipa principal do FC Porto como há muito não se via. Dos atuais 28 elementos que têm trabalhado com Sérgio Conceição, nove têm a chancela do Olival. Nomes como Diogo Costa, Baró e Fábio Silva já dispuseram de várias oportunida­des ao longo da época, mas, para outros, a realidade tem sido outra e começa agora a mudar. De acordo com as informaçõe­s recolhidas por Record, e com o objetivo de aproximar os menos utilizados da sua base de escolhas, Sérgio Conceição tem exposto os jovens a diferentes formas de jogar dentro do 4x4x2 que serve de base tática à equipa principal. As respostas têm sido na sua generalida­de satisfatór­ias, como o deixa bem claro a importânci­a de Fábio Vieira ao longo das últimas partidas, ascensão selada na última jornada com a sua estreia a marcar. A necessidad­e de afinação surgiu muito pelo facto de os jovens jogadores terem trabalho sobretudo no 4x3x3 tradiciona­l do FC Porto ao longo da sua formação. Com Sérgio Conceição a implementa­r um modelo de 4x4x2 desde que chegou à Invicta, o entendimen­to interno é de que é necessário potenciar ao máximo uma reeducação tática que lhes permita cumprir funções e ocupar espaços diferentes daqueles a que foram habituados quase em exclusivo durante longos anos. Neste contexto, há quatro nomes em foco: Tomás Esteves, Vítor Ferreira, Fábio Vieira e João Mário. Cada um deles, de forma natural, em diferentes níveis de aprendizag­em e motivo de atenção própria. A isto não é alheio o facto de terem sido absorvidos pela equipa principal em fases distintas da época: Tomás Esteves começou 2019/20 já integrado; Vítor Ferreira foi promovido no mercado de inverno; enquanto Fábio Vieira e João Mário foram chamados a tempo inteiro após a interrupçã­o motivada pela Covid-19.

A situação de Tomás Esteves é a que já se afasta mais da relatada necessidad­e de reeducação tática. O lateral-direito, de 18 anos, deixou para trás esta limitação fruto dos vários meses que leva a trabalhar no seio do plantel, destacando-se mesmo em regime de treino pelo cumpriment­o das funções que lhe são confiadas. No entanto, na sua globalidad­e os desempenho­s pela equipa B evidenciar­am a necessidad­e de aprofundar esse conhecimen­to no Olival. O seu lançamento na Liga NOS foi sendo travado pela entrada da época na sua fase decisiva, mas as limitações que o FC Porto conheceu recentemen­te nas laterais, nomeadamen­te com o Aves e o Boavista, mudaram este cenário.

Nos restantes três casos, a necessidad­e de afinação tem sido mais evidente. No entanto, Fábio Vieira está claramente a galgar terreno, ou não fosse por estes dias um dos suplentes de eleição do seu técnico: em seis jornadas desde a retoma, o médio esteve no banco em todas e foi utilizado em quatro. Uma utilização da qual Vítor Ferreira se aproxima (três participaç­ões no mesmo número de jogos) e que, por agora, João Mário ainda persegue. O plano de Conceição – tem sido e continuará a ser – passa por expor os jovens a diferentes formas de jogar, isto não esquecendo um outro parâmetro muito valorizado por si: a consolidaç­ão do caráter do jogador ‘à Porto’. O espírito solidário em todos os momentos e o assumir de responsabi­lidades dentro e fora do campo são essenciais.

TRANSIÇÃO DO 4X3X3 DA FORMAÇÃO PARA O 4X4X2 EXIGE TEMPO. CARÁTER É PARÂMETRO TAMBÉM MUITO VALORIZADO

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