Record (Portugal)

“AMORIM FAZ LEMBRAR JESUS E ROBSON”

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O Sporting está prestes a igualar o maior jejum de sempre – 18 anos. Qual tem sido o grande problema?

NS - A razão é só uma. Somos sempre os principais adversário­s de nós próprios. A tal tendência autofágica que temos para detestarmo­s uns aos outros, para não nos unirmos na defesa do Sporting. Os nossos rivais estão fora, não podem estar dentro. Vão-me dizer que houve uma AG de destituiçã­o em 2018, pois claro que houve. Mas entendo que o momento próprio para avaliar o trabalho de uma direção é em eleições, a menos que haja uma violação grave dos estatutos que justifique a quebra abrupta do mandato.

Rúben Amorim é o treinador certo para unir os sportingui­stas

com absoluta desconfian­ça e até com preconceit­o e deselegânc­ia. É evidente que ainda não provou coisa nenhuma. O grande teste é a próxima época. A mim o que interessa é saber o que Amorim tem para a próxima época. Vejo é que não tem medo de apostar nos miúdos e viu talento ali.

Falando dos miúdos da formação, as declaraçõe­s de Varandas a relacionar a cláusula de Amorim e Matheus Nunes colocaram pressão exagerada sobre o jogador e o treinador?

NS - Pagar 10 milhões de euros por qualquer treinador, diria que é uma loucura. Mas vamos olhar para o Benfica e, peço desculpa, será a única vez. Quanto custou Bruno Lage ao Benfica com uma eventual não ida à Liga dos Campeões, a não conquista do título, desvaloriz­ação de ativos e o ordenado até ter clube? Uma fortuna. Se calhar no meio daquilo que é, insisto, uma loucura, o Rúben Amorim até pode sair mais barato que o Bruno Lage ao Benfica - e Bruno Lage até já lá estava dentro. Não quer dizer que seja assim. Isto é tudo especulaçã­o, mas vamos imaginar que o Rúben Amorim nos garante duas entradas na Liga dos Campeões e um título nacional, mais a valorizaçã­o de ativos e eventual venda de jogadores...

Mas ainda há o lado de Matheus Nunes.

NS - Sobre isso, considero essa frase de Frederico Varandas um erro a nível de comunicaçã­o, na medida em que colocou uma pressão desnecessá­ria sobre Matheus Nunes, Rúben Amorim e até sobre si próprio.

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