“Decência, decência, decência e mais decência”
CONSELHO DE DISCIPLINA FAZ BALANÇO
Último relatório de José Manuel Meirim realça que direito disciplinar na FPF “não teve cor”
Quatro anos, um mês e três dias depois de ter iniciado funções, José Manuel Meirim deixou a presidência do Conselho de Disciplina (CD) da Federação. Substituído por Cláudia Santos, eleita na última sexta-feira, o jurista elaborou um relatório de balanço das atividades do órgão, deixando agradecimentos, mostrando dados e, nas entrelinhas, apontando caminhos para o futuro. No documento de 41 páginas, Meirim coloca a sílaba tónica numa palavra. “Em suma, quatro épocas desportivas, igual a decência, decência, decência e ainda mais decência”, escreve, concluindo depois: “O Direito Disciplinar na FPF, neste mandato, viveu como sempre afirmei que o Direito Desportivo deve ser
“[ESTE CD] COLOCOU DISCIPLINA NUM PATAMAR TAL QUE OBRIGA OS VINDOUROS A UM TRABALHO DE ACRESCIDA DEDICAÇÃO”
entendido, para que seja Direito”. “Não tem cor. Não é verde, encarnado, azul ou fruto de uma qualquer combinação dessas e outras cores. É Direito e não um arco-íris”, pode ler-se. Para o professor, o trabalho do CD que agora cessou funções “não tem paralelo no passado da instituição”, tendo colocado “a disciplina desportiva no futebol num patamar tal que obriga os vindouros a um trabalho de acrescida dedicação”. Meirim enumera depois o legado que considera deixar: “independência e imparcialidade”, “rigor”, “qualidade e celeridade”e “publicidade” das decisões tomadas. Deixando palavras elogiosas à equipa que o acompanhou, mesmo aqueles que deixaram o CD durante o mandato, ficam também agradecimentos a elementos da Comissão de Instrutores da Liga, da Comissão de Instrução Disciplinar da FPF, bem como à diretora jurídica do organismo, às forças de segurança, agentes de arbitragem e delegados aos jogos, “pela colaboração prestada nos diversos esclarecimentos solicitados em complemento dos seus relatórios”.