Record (Portugal)

CAMBALHOTA CONTRA A PANDEMIA

Clubes lutam perante os entraves financeiro­s que a Covid-19 provocou, mas 75 por cento deles já retomaram as atividades desportiva­s

- RAFAEL SOARES

A Covid-19 continua a provocar um impacto negativo nos cofres de todos os quadrantes desportivo­s e a ginástica não é exceção. Record foi procurar conhecer os moldes com que a modalidade, em Portugal, está a enfrentar os novos desafios. Como seria calculável, os clubes sofreram um abalo financeiro, mas aproximada­mente 75 por cento já retomou as atividades, com as devidas precauções. Existem diversos clubes que não podem ainda regressar à prática, muitas vezes porque dependem de instalaçõe­s autárquica­s ou escolares, que ainda funcionam como hospitais de campanha”, expôs Álvaro Sousa, vice-presidente da Federação de Ginástica de Portugal, que estimou as perdas ocorridas. “A nossa preocupaçã­o não é com a federação, é com os clubes, que vão precisar de apoio. Numa estimativa, as perdas totais destas entidades andam à volta dos três milhões de euros”, salientou, com receio dos tempos próximos. “Não temos informação de nenhum clube que tenha encerrado. Mas o prolongame­nto do tempo desta situação vai ser constrange­dor para todos. Os clubes têm de pagar as suas obrigações. Alguns têm instalaçõe­s arrendadas, outros têm obrigações financeira­s devido a investimen­tos”, lamentou. “Só com apoio do Estado é que se aguentarão porque estamos a falar de estruturas frágeis”, frisou.

“A NOSSA PREOCUPAÇíO PASSA PELOS CLUBES. NUMA ESTIMATIVA, AS PERDAS TOTAIS ANDAM À VOLTA DOS 3 MILHÕES DE EUROS”

Confiança no GCP

O Ginásio Clube Português, uma das instituiçõ­es mais reconhecid­as da área no País, “não foge à regra” na crise, mas já voltou à atividade e há esperança no futuro, como referiu o diretor desportivo, José Carlos Manaças. “Houve alguma quebra, mas julgamos que vamos rapidament­e recuperar quando a pandemia nos deixar”, antecipou. é o número de clubes que existe em todo o País, segundo os dados fornecidos ao nosso jornal pela Federação de Ginástica de Portugal. Como referiu Álvaro Sousa, nenhum encerrou com esta crise, ainda que, claro, as dificuldad­es estejam bem presentes

ginastas federados estão espalhados por todo o País, quatro dos quais fazem parte do programa olímpico. A Federação de Ginástica de Portugal contabiliz­a ainda 801 treinadore­s, 573 juízes e 387 dirigentes

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