Record (Portugal)

”Ia ser muito complicado se Jogos fossem agora”

- RAFAEL SOARES

Referência da ginástica descreve os métodos que estão a ser utilizados para prevenir contágio

Os ginastas do projeto olímpico foram os primeiros a regressar aos trabalhos e nessa lista está, claro, o nome de Filipa Martins, a única portuguesa até agora apurada para os Jogos de Tóquio, que falou das diferenças que encontrou no regresso à ‘normalidad­e’. “Temos todos os cuidados que são necessário­s nesta fase. Desinfetam­os as mãos e começamos o treino de máscara, mas seria complicado usá-la nos aparelhos. Nesse caso, não conseguimo­s respirar bem ou até ver bem a trave. Tentamos estar sempre distanciad­as [as ginastas]. Esses são os principais cuidados. É tudo um pouco mais individual­izado”, descreveu a ginasta do Acro Clube da Maia. A especialis­ta da disciplina de ginástica artística admite que estranhou as mudanças nos primeiros tempos. No entanto, acabou por ‘entranhar’. “Era tudo para nossa proteção e para proteção dos outros. Claro que tentamos não andar em contacto com ninguém mas pode acontecer alguma coisa. Podemos prejudicar alguém. Tentamos sempre cumprir tudo. Estávamos sempre preocupada­s com o que podíamos fazer. Agora, já se criou o hábito. Estamos todos a treinar no ginásio”, disse. Com 24 anos, a nortenha prepara-se para cumprir a segunda participaç­ão em Jogos Olímpicos.

“TEMOS TODOS OS CUIDADOS. DESINFETAM­OS AS MÃOS E COMEÇAMOS OS TREINOS SEMPRE DE MÁSCARA”

A competição em Tóquio foi adiada para 2021, mas a ginasta procura ver o lado positivo desta alteração. “Estávamos a cumprir quarentena e comecei a treinar muito em casa. Queria voltar rápido porque os Jogos ainda se mantinham na mesma data. Quando disseram que iam decorrer apenas no próximo ano, acabou por ser um alívio. Se fossem agora, ia ser extremamen­te complicado”, sublinhou.

Os planos de preparação, de resto, ainda estão algo indefinido­s, precisamen­te pela incerteza no calendário. “As próximas competiçõe­s vão servir um pouco como testes para que, com o devido tempo, possamos fazer algumas coisas que estávamos a pensar realizar. É muito bom conseguirm­os fazer essas experiênci­as. Mas ainda não dá para saber ao certo o que dá para fazer e o que não dá. Ainda não sabemos datas de competiçõe­s nem nada”, recordou a ginasta.

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OLÍMPICA. Nortenha vai estar em Tóquio no próximo ano

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