Tempo e dinheiro
Ainda esta época não acabou e já a próxima se joga nos bastidores. Ao contrário do que se tem feito passar, a guerra de calendários não é entre Liga e clubes, nomeadamente Benfica e Sporting, mas entre grandes e pequenos – ou, pelo menos, entre europeus e os outros. Os que jogam na UEFA querem mais tempo para preparar melhor as provas internacionais – e, por isso, consideram supérflua a Taça da Liga. Mas para grande parte dos outros, esta competição é uma significativa fonte de receita.
O desafio é: como agradar a todos os clubes numa liga tão desigual? Uns querem mais tempo, outros mais dinheiro. Está na altura de pensar a sério numa solução solidária que permita aos clubes não europeus (incluindo os da 2.ª Liga) receberem parte das verbas da UEFA. Se a posição no ranking é tão importante para o país e justifica que se abdique de uma prova que já faz parte da nossa mobília futebolística, não podem ser só meia dúzia a ganhar com isso.
Fernando Gomes concorreu ao terceiro mandato sem oposição, tendo recolhido mais de 90% dos votos. Nada que surpreenda. Talvez mais elucidativas tenham sido as percentagens dos líderes dos Conselhos de Arbitragem e Disciplina. José Fontelas Gomes foi reconduzido com 89% dos votos, mais 5% do que em 2016 (afinal...); Cláudia Santos teve 81%, contra os 89% de Meirim há quatro anos.