VITÓRIA ‘ENORRME’ NA FUGA AO INFERNO
FESTA DIANTE DO BELENENSES SAD RESOLVE
Comosdentescerrados, ossadinosergueram umamuralhaparaescapar aopesadelodadescida
DEPOIS DE 15 ENCONTROS SEM SABER O QUE ERA TRIUNFAR, O V. SETÚBAL SUPEROU-SE NO TUDO OU NADA
‘O Vitória não é grande, é enorme’. Ou ‘enorrme’, com bom sotaque sadino. É este o lema do V. Setúbal, que vivia uma longa agonia de não vencer há 15 jogos, com o inferno da descida já a queimar. Afinal, os sadinos apenas têm cinco participações na 2ª Liga e lamentaram a despromoção pela última vez em 2002/03. Foi com esses fantasmas que o Vitória entrou em campo frente a um Belenenses SAD resolvido e, ainda assim, totalmente focado em dar tudo o que tinha, mas o lema acabou mesmo por falar mais alto.
A nota artística andou sempre longe do Estádio do Bonfim, até porque havia muito em jogo e os nervos apertavam. Só em livres laterais ou tiros de longe havia algo parecido com oportunidades de golo, até que um canto aos 30’ mudou o rumo do jogo. Éber Bessa cobrou e Jubal voou para dar oxigénio ao Vitória. E foi numa bola parada que Nuno Coelho obrigou Makaridze a uma grande defesa, aos 34’. Certo é que podia ficar tudo bem mais fácil se um fora-de-jogo de 5 centímetros não tivesse anulado um golo potencialmente decisivo de Éber Bessa. O Vitória sofria. As contas estavam longe de resolvidas e, uma vez que o empate atirava os sadinos para a 2ª Liga, Lito Vidigal ergueu uma muralha que se manteve firme, mesmo que, por vezes, parecesse ruir. Como quando Bruno Pirri quase virou vilão ao perder a bola para Keita e Marco Matias atirou por cima, em grande posição. O Belenenses SAD pressionava e instalava-se no meio-campo do Vitória, mas foi essa ambição de roubar pontos que tramou os homens de Petit, já depois de Show falhar uma oportunidade clamorosa. É que Carlinhos arrancou e serviu Pirri, que vestiu a pele de herói para fechar as contas, com o VAR a ‘dar’ o golo desta feita. Vitória ‘enorrme’.