FIZERAM O DELES MAS FÉ NÃO CHEGOU
Jogodesbloqueado na segundaparte,com eficaz aproveitamento de dois lances de bola parada
AVES TERMINOU CAMPEONATO DE FORMA MUITO DIGNA E A DIFERENÇA MÍNIMA ASSENTAVA MELHOR AO QUE SE PASSOU
O Portimonense alcançou diante do Aves um dos triunfos mais amargos da sua história: de nada valeram os três pontos alcançados, em função do que se passou em Setúbal e Moreira de Cónegos e os alvinegros viram consumada a descida à 2ª Liga. Na véspera, o treinador do conjunto algarvio, Paulo Sérgio, referira que “temos de fazer o nosso e esperar, com fé, num resultado favorável num dos outros campos”. O Portimonense cumpriu a sua parte, embora sem brilhantismo, diga-se, mas a fé não chegou: Tondela e V. Setúbal alcançaram os pontos necessários para a permanência. A primeira parte do jogo de Portimão foi de fraca qualidade, em parte devido à alta temperatura que se fazia sentir. Faltou sempre velocidade e inspiração de um e outro lado e o melhor que se viu foi um cabeceamento de Dener ao lado, servido por Tabata. O Aves, guerreiro e bem posicionado, aparou sem dificuldade os golpes contrários, não indo, contudo, muito além disso. Dos outros campos não chegavam boas notícias e o Portimonense, ciente de que corria o risco de as coisas se alterarem em Moreira de Cónegos ou Setúbal e não fazer a sua parte, acelerou um pouco, sempre perante um Aves compacto e que não concedia grandes espaços.
Tudo se resolveu naquele que foi um dos pontos fortes do Portimonense pós-paragem e uma pecha recorrente dos avenses: os lances de bola parada. Dois cantos bem apontados para a cabeça dos especialistas Willyan e Dener deram ao marcador uma expressão porventura demasiado penalizadora para um Aves muito digno e brioso.