Record (Portugal)

FIZERAM O DELES MAS FÉ NÃO CHEGOU

- CRÓNICA DE ARMANDO ALVES

Jogodesblo­queado na segundapar­te,com eficaz aproveitam­ento de dois lances de bola parada

AVES TERMINOU CAMPEONATO DE FORMA MUITO DIGNA E A DIFERENÇA MÍNIMA ASSENTAVA MELHOR AO QUE SE PASSOU

O Portimonen­se alcançou diante do Aves um dos triunfos mais amargos da sua história: de nada valeram os três pontos alcançados, em função do que se passou em Setúbal e Moreira de Cónegos e os alvinegros viram consumada a descida à 2ª Liga. Na véspera, o treinador do conjunto algarvio, Paulo Sérgio, referira que “temos de fazer o nosso e esperar, com fé, num resultado favorável num dos outros campos”. O Portimonen­se cumpriu a sua parte, embora sem brilhantis­mo, diga-se, mas a fé não chegou: Tondela e V. Setúbal alcançaram os pontos necessário­s para a permanênci­a. A primeira parte do jogo de Portimão foi de fraca qualidade, em parte devido à alta temperatur­a que se fazia sentir. Faltou sempre velocidade e inspiração de um e outro lado e o melhor que se viu foi um cabeceamen­to de Dener ao lado, servido por Tabata. O Aves, guerreiro e bem posicionad­o, aparou sem dificuldad­e os golpes contrários, não indo, contudo, muito além disso. Dos outros campos não chegavam boas notícias e o Portimonen­se, ciente de que corria o risco de as coisas se alterarem em Moreira de Cónegos ou Setúbal e não fazer a sua parte, acelerou um pouco, sempre perante um Aves compacto e que não concedia grandes espaços.

Tudo se resolveu naquele que foi um dos pontos fortes do Portimonen­se pós-paragem e uma pecha recorrente dos avenses: os lances de bola parada. Dois cantos bem apontados para a cabeça dos especialis­tas Willyan e Dener deram ao marcador uma expressão porventura demasiado penalizado­ra para um Aves muito digno e brioso.

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DESESPERO. A vitória não serviu de nada ao Portimonen­se

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