Record (Portugal)

DRAGÃO DEITOU A MURALHA ABAIXO

Média de golos sofridos disparou depois da visita ao FC Porto. Apenas quatro jogos em branco

- PEDRO FILIPE PINTO

À 20.ª JORNADA DA LIGA

O Benfica entrou a todo o gás esta temporada, com a vitória (5-0) frente ao Sporting na Supertaça, embalando para uma primeira volta quase perfeita. No entanto, tudo mudou no Estádio do Dragão, a 8 de fevereiro passado. A média de golos sofridos e a frequência com que Vlachodimo­s foi batido dispararam.

Com uma vitória, por 3-2, na 20ª jornada, os dragões deitaram abaixo a muralha que vinha a ser uma das bases do sucesso encarnado. A equipa então comandada por Bruno Lage chegou a esta partida com 28 golos sofridos nas 34 partidas realizadas em todas as competiçõe­s, sendo que em 17 dessas deixou a sua baliza inviolada. Apresentav­a uma média de 0,82 golos sofridos por partida.

Nessa jornada, as águias viram esfumar-se a possibilid­ade de aumentar para 10 pontos a vantagem sobre os dragões, mas, pior do que isso, tornaram-se uma equipa frágil defensivam­ente e os golos sofridos mostram exatamente isso. Nota-se logo pelo facto de as águias não terem sofrido em apenas quatro partidas (21% do total). Do encontro da 20ª jornada à final da Taça do passado sábado,

DOS 54 GOLOS SOFRIDOS, 17 FORAM NA SEQUÊNCIA DE BOLAS PARADAS. PORTISTAS SOUBERAM APROVEITAR

o Benfica sofreu 26 golos e entregou de mão beijada o título de campeão nacional ao FC Porto. Estes golos sofridos traduziram-se em... pontos perdidos e eliminaçõe­s. Na Liga Europa,

os encarnados sofreram cinco do Shakhtar Donetsk, nos 16 avos-de-final, e ficaram fora da prova, sendo que no campeonato apenas somaram 23 pontos em 42 possíveis. Ao invés, o FC Porto apenas perdeu 10 pontos.

Pesadelo

O principal calcanhar de Aquiles nesta temporada foram as bolas paradas. Sempre que os encarnados enfrentava­m um canto ou um livre, os benfiquist­as tremeram. Ao todo, as águias sofreram 17 golos no seguimento de bolas paradas, sendo que 10 foram consentido­s na Liga. Focando a análise apenas na prova de regularida­de, com 38 por cento dos golos sofridos desta forma, o Benfica fica um ponto percentual acima da média, sendo que nove equipas terminaram com percentage­ns superiores, inclusive o Sporting. Quem aproveitou bem esta fragilidad­e dos encarnados foi o FC Porto, que tinha nos esquemas táticos uma das principais armas. Quatro dos sete golos que marcou ao Benfica nos três jogos acontecera­m na sequência de lances de bola parada, dois dos quais em Coimbra, anteontem.*

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CERTEIRO. Telles bateu Vlachodimo­s de penálti

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