“Este foi o título que mais alegrias me deu”
PINTO DA COSTA
Evocou fatores adversos contra os quais o grupo teve de trabalhar para conseguir a dobradinha e considerou Sérgio Conceição “um irmão mais novo”
çPoucas horas depois da conquista da Taça de Portugal, plantel, equipa técnica, administração e restante staff reuniram-se no Dragão para selar a dobradinha desta época com uma foto de grupo e a colocação dos troféus relativos às conquistas da Liga e da Taça de Portugal no museu. Um momento para a posteridade que emocionou Pinto da Costa, apesar dos 60 troféus que já constavam do seu palmarés como presidente do FC Porto.
Na hora da consagração, o líder dos dragões destacou o papel de todos aqueles que contribuíram para uma das temporadas mais marcantes e gloriosas da história do clube, em especial o técnico Sérgio Conceição, por quem demonstrou uma vez mais apreço. “Tenho por Sérgio Conceição um amor fraterno, de irmão mais velho. Vi-o chegar ao FC Porto com 16 anos, acompanhei a sua vida, a sua carreira, a forma como subiu as escadas sem ajudas, foi com a sua própria vontade. Vendo-o aqui entre as duas taças é como se estivesse a ver um filho, um neto, um irmão mais novo, infelizmente já não tenho o meu irmão mais novo, mas tenho aqui um irmão para sempre. Foram momentos de glória, inesquecíveis para todos aqueles que o viveram, como dizia o António Oliveira, ‘quem viu, viu, quem não viu, que visse’, e todos tivemos a felicidade de viver estes momentos que nenhum de nós esquecerá. Falam muitas vezes nos títulos que o FC Porto ganhou comigo a presidente, todos os títulos são importantes na história do FC Porto, independentemente de quem é o presidente, mas como presidente posso dizer-vos que este foi o título que mais alegrias me deu, pela dificuldade que teve, pela situação caótica do País, pela vontade que televisões e jornais demonstravam para que não ganhássemos, por isso transmito-vos um sentimento de felicidade e digo-vos obrigado, vocês estão na história do FC Porto”, referiu Pinto da Costa, de 82 anos, ao Porto Canal, dirigindo-se aos heróis da dobradinha e recebendo uma salva de palmas.
“Difícil e merecido”
Reportando-se concretamente à conquista do campeonato, o líder dos dragões assumiu que foi o mais difícil que o FC Porto conquistou na sua história, motivo pelo qual a visita de ontem ao museu foi um momento com significado especial.
“Fiz questão que viessem ao museu, porque a história está no museu. O futuro constrói-se no estádio, nos gabinetes, no Olival, e é aí que vamos apontar o nosso futuro, mas a história fica perpetuada no museu. Muitos de vocês já aqui estavam, mas agora ficam ainda mais ligados ao título mais difícil e mais merecido que o FC Porto venceu ao longo da sua história. Com o abraço que vou dar ao Sérgio Conceição e ao Danilo, como capitão de equipa, quero que todos se sintam abraçados por um amigo sincero que muito vos aprecia, muito vos quer, e que vos deseja as maiores felicidades”, prosseguiu Pinto da Costa. Na cerimónia estiveram 27 jogadores, incluindo Iker Casillas, que mesmo não podendo competir esteve sempre com o grupo durante a época, tendo faltado apenas Iván Marcano e ainda Shoya Nakajima.
LÍDER DEMONSTROU UMA VEZ MAIS O APREÇO QUE NUTRE PELO TÉCNICO E COLOCOU ESTA EQUIPA NA HISTÓRIA DO CLUBE