“Liderança exemplar fez-me querer ficar”
O que o fez continuar em Portimão?
PS – As pessoas, antes de tudo. O Portimonense tem uma liderança exemplar. São pessoas do futebol, com elevados valores humanos, que conhecem o balneário e não caíram de paraquedas neste meio. Jogaram, estão no futebol desde sempre e têm um conhecimento e uma visão mundial da modalidade. Tudo isso, e também a circunstância de me sentir desejado e útil, levou-me a querer ficar.
A SAD decidiu não recorrer ao lay-off. Isso foi importante para o grupo?
PS – Foi um sinal de solidez e de capacidade de gestão. Nunca nos faltou nada e para cada dificuldade a solução era quase imediata... O Portimonense oferece excelentes condições aos profissionais e chegámos a viajar para o Norte em dois autocarros, por exemplo. É tudo cuidado de uma forma muito profissional por uma estrutura reduzida mas extremamente eficaz. Isso cria um espírito de família, um sentimento de pertença. Foram seis meses intensos, com a camisola na pele, sem teres num único momento vontade de partir, antes sim de permanecer por muito e bom tempo, em função das pessoas, do empenho e de tudo o quanto nos proporcionaram. Há sempre algo de novo a surgir no centro de treinos, estão a nascer novos relvados no autódromo, e sente-se esse desejo de crescer, de fazer coisas bem feitas.
O que lhe pediu a SAD?
PS – Inicialmente a subida à 1ª Liga e a permanência, antes de sabermos do afastamento do V. Setúbal. E foi de corpo e alma que assumi esse compromisso. Agora, temos um novo quadro e, essencialmente, não queremos andar com o credo na boca. Temos de ser criteriosos na formação do plantel e o plano está desenhado e entregue.
Muitas alterações previstas?
PS – Não! Este grupo deu uma boa resposta ao longo dos últimos meses. Importa suprir as lacunas detetadas, no sentido de sermos mais competitivos num campeonato muito exigente, pois vários clubes, alguns com parcerias muito interessantes, estão a recrutar jogadores de primeira água, e isso exige atenção, cautela e rigor nas escolhas.
Acredita que o Portimonense poderá chegar, a médio prazo, às competições europeias?
PS – Sei que o acionista maioritário da SAD, Theodoro Fonseca, tem a ambição de continuar a trabalhar para construir um Portimonense cada vez mais forte e mais próximo dos lugares cimeiros. O salto dado nos últimos anos foi enorme, num processo ainda em curso, e as condições de trabalho já são das melhores do País. Pode dizer-se que as bases desse sonho estão lançadas.
”ESTE GRUPO DEU UMA BOA RESPOSTA E IMPORTA SUPRIR LACUNAS DETETADAS PARA SERMOS MAIS COMPETITIVOS”