“Tenho um pequeno Félix em casa”
O seu percurso profissional, com cargos internacionais na McDonald’s , é conhecido. Mas quem é Noronha Lopes? De onde vem o seu benfiquismo?
NL – Sou o sócio 5.001, desde 1972, e benfiquista desde sempre. Nasci para o Benfica com o meu pai e um tio benfiquistas. Vivi fora de Lisboa – tenho raízes alentejanas – e com os dois vinha ao Estádio da Luz. Chegávamos cedo, levávamos a nossa merenda e ali passávamos horas antes dos jogos. Foi assim que me habituei a viver o Benfica. Lembro-me de ter ficado deslumbrado com a grandeza das bancadas na primeira vez que entrei no estádio.
Depois fui acompanhando o crescimento do Benfica. Estive na final perdida com o Anderlecht e fui confortado pelo meu pai. Curiosamente, tive oportunidade de confortar os meus filhos em Amesterdão. Estive no 3º anel no golo de Vata, estive em Estugarda, estive no Marquês muitas vezes, vivo o Benfica em Portugal e no estrangeiro e festejei com os emigrantes as vitórias do clube. Ainda me lembro do primeiro jogo a que assisti, um Benfica-Farense, com um golo de Eusébio logo aos 3 minutos. Nunca mais me esqueci desse jogo, nem de alguns jogadores que lá estavam: Zé Gato, Humberto, Barros, Toni, Simões, Artur Jorge e o rei.
E em casa?
NL – Em casa, são todos benfiquistas. Os meus filhos são todos sócios, a minha mulher, a minha nora e um futuro genro também são benfiquistas.
Praticou algum desporto?
NL - Joguei muito futebol, com amigos. Gosto muito de andar de bicicleta, mas o futebol foi sempre o meu desporto preferido. Joguei com grupos de amigos, todas as semanas.
Qual era a sua posição?
NL - Quando vivi no estrangeiro, joguei numa equipa da minha escola, em que era extremo-direito. Com o avançar dos anos, tornei-me um defesa-central um bocadinho duro de rins... mas ia fazendo o trabalho. Nunca experimentei jogar num clube, pois tinha consciência do que era. Nunca tive essa pretensão. Os meus filhos têm mais jeito para o futebol do que eu. Tenho em casa um defesa-central, um trinco e um pequeno João Félix, salvo a devida comparação. O mais novo é um artista da bola. Têm jogado ou em clubes amadores ou em torneios de escalões jovens em Portugal.*
“COM O AVANÇAR DOS ANOS, TORNEI-ME UM CENTRAL UM BOCADINHO DURO DE RINS... MAS IA FAZENDO O TRABALHO”