Record (Portugal)

COMPROMISS­O ESTENDE-SE ÀS FÉRIAS

Generalida­de do grupo vai manter-se em Portugal, inclusive estrangeir­os de ‘1.º ano’, o que caiu bem à estrutura portista

- ANDRÉ MONTEIRO

Finalizada a longa temporada de 2019/20, os jogadores do FC Porto começaram enfim a gozar as suas férias, ainda assim um período que será mais curto do que é habitual. Na hora de largar os hábitos do Olival até ao momento de regressar para a próxima pré-época, o grupo de trabalho deu mostras do seu compromiss­o ao decidir, na sua generalida­de,

DRAGÕES ACONSELHAD­OS A PERMANECER NO NOSSO PAÍS, MAS COM TOTAL LIBERDADE PARA DECIDIREM VIDA PESSOAL

usufruir do período de descanso no nosso país. Uma posição que caiu bem aos responsáve­is portistas, até pelo facto de vários elementos do plantel com uma trajetória ainda curta no clube terem comungado da decisão.

Na hora de libertar os recém-campeões nacionais e vencedores da Taça de Portugal para férias, o clube aconselhou-os a manterem-se em solo nacional até ao regresso ao Olival. Uma indicação que teve em conta o atual contexto pandémico, mas sem qualquer caráter obrigatóri­o. Os jogadores tiveram então liberdade para viajar para os seus países de origem – o que se verificou em casos raros –, decisão compreensí­vel até pelo impacto emocional que um afastament­o

prolongado da família alargada pode ter no rendimento de um futebolist­a de alta competição, mas muitos optaram por permanecer no nosso país. Este é um dado tanto mais importante quanto se sabe que a pandemia da Covid-19 está ainda em cresciment­o, por exemplo, na América do Sul, de onde é originária uma fatia importante do grupo de trabalho.

Nomes já ‘consagrado­s’ do FC Porto como Corona e Otávio vão gozar férias em Portugal, uma decisão partilhada por exemplo por reforços da temporada agora finda como o foram Marchesín, Uribe e Luis Díaz. No caso do argentino e dos colombiano­s, que vão conhecer o Sul de Portugal, nomeadamen­te a região do Algarve, a decisão caiu especialme­nte bem aos responsáve­is azuis e brancos pelo facto de se tratarem de estrangeir­os de ‘1º ano’ na Invicta, o que, para lá do menor tempo de identifica­ção com o clube e o País, poderia levá-los a sentir uma maior necessidad­e de reencontra­r a sua esfera familiar alargada após um ano de distanciam­ento e nas condições que todos conhecemos. É pois neste contexto de compromiss­o generaliza­do que os dragões vão descansar durante as próximas semanas. Até ao final do dia de ontem ainda não lhes tinha sido comunicado o dia exato do regresso aos trabalhos no Olival, mas é expectável que o mesmo deva acontecer algures na última semana de agosto, que começa dia 24. Não está naturalmen­te colocada de parte a hipótese dos dragões serem intimados a apresentar-se alguns dias mais cedo para a realização de exames médicos, incluindo-se os testes à Covid-19, de forma a que o trabalho de campo se inicia precisamen­te na 2ª feira.

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CAUTELAS. Marchesín, Uribe e Díaz, por exemplo, não vão a casa
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