ALGUÉM CONSEGUE PARAR O CAMPEÃO?
A Ligue 1 entra em ação! PSG procura chegarh ao 10.º título e igualar o recorde do St. Étienne
çLogo que os alarmes relativos à Covid-19 começaram a soar, as autoridades que regulamentam o futebol em França foram rápidas a atuar e a terminar precocemente a edição 2019/20 da Ligue 1, por entre algumas críticas dos mais diversos quadrantes da opinião pública gaulesa, que consideraram a decisão demasiado abrupta e tomada numa altura em que ainda não se tinha sequer entendido a verdadeira dimensão da pandemia. A verdade é que agora cabe a França ser a primeira das principais ligas do Velho Continente a regressar à ação, fazendo-o já esta tarde com o encontro entre o Bordéus (pós-Paulo Sousa) e o Nantes.
O PSG, tricampeão em título, parte para mais uma temporada com o objetivo de repetir o sucesso alcançado neste ano atípico e atingir assim o oitavo cetro em nove anos. A missão está bem definida e tem outro aliciante. Caso Neymar e companhia consigam erguer o troféu de campeão em 2020/21, o
PSG chegará aos 10 títulos, alcançando o Saint-Étienne, o clube com mais cetros desde 1932, ano em que o futebol gaulês se tornou profissional. Marselha (9), Monaco (8), Nantes (8) e Lyon (7) seguem nos lugares imediatos. A pergunta que se impõe é, precisamente, a do título deste artigo: alguém consegue parar o campeão? Bem, a resposta só vai ser dada daqui a uns meses, mas Record lançou a questão ao último treinador que impediu o PSG de conquistar a Ligue 1. “O PSG é ultrafavorito em França, sendo-o novamente este ano. Existem equipas, como o Lyon e o Marselha, que têm qualidade nos plantéis e que vão procurar contrariar esse favoritismo. Mas não será fácil, terá de existir uma conjugação de vários aspetos para que isso aconteça”, explica Leonardo Jardim em exclusivo ao nosso jornal. Pegando na última frase do treinador, pedimos a Leonardo Jardim, de 46 anos, para revelar que aspetos se conjugaram em 2016/2017 para que o Monaco conseguisse sagrar-se vencedor da Ligue 1. “Partimos para a época não sendo favoritos, como habitualmente, porque o PSG tinha feito, mais uma vez, um investimento superior aos adversários. Nessa temporada, o Monaco tinha jogadores, principalmente jovens, que evoluíram bastante. Kylian Mbappé, Bernardo Silva, Fabinho, Bakayoko, Mendy e Lemar, por exemplo, apareceram num grande momento, cresceram durante a época e foi possível contrariar o favoritismo do PSG”, recorda Leonardo Jardim. O Monaco conquistou 95 pontos em 38 jogos nessa edição, mais oito do que os parisienses, então orientados por Unai Emery.
Reforço confirmado
O DUELO DESTA TARDE ENTRE O BORDÉUS, AGORA SEM PAULO SOUSA, E O NANTES MARCA O INÍCIO DAS HOSTILIDADES
“O MONACO TINHA JOGADORES [...] QUE CRESCERAM DURANTE A ÉPOCA E FOI POSSÍVEL CONTRA-RIAR O FAVORITISMO DO PSG” JARDIM, técnico campeão em 2016/17
O PSG está envolvido na Liga dos Campeões e, uma vez que a final
da prova está agendada para o próximo domingo, o campeão só inicia a defesa do título a 29 deste mês em jogo a contar para a 2ª jornada. Para a época que se avizinha, o PSG tem apenas garantido, para já, um ‘reforço’. Mauro Icardi mudou-se para Paris por empréstimo do Inter, na época transata, mas a transferência passou a definitiva em julho a troco de 50 M€.
E por falar em dinheiro, o Lille centrou atenções no mercado francês. Com o português Luís Campos ao comando na qualidade de diretor desportivo, o emblema conseguiu a maior venda de sempre: Victor Osimhen saiu para o Nápoles por 81 milhões e 300 mil euros (70 M€ de verba inicial mais bónus). Na mesma janela de mercado, o Lille contratou Jonathan David por 32 milhões de euros, jogador que destrona Renato Sanches como o mais caro do Lille. E os cofres podem ser reforçados, já que o defesa-central Gabriel Magalhães continua a ser muito desejado em Inglaterra, nomeadamente por Everton e Manchester United.