Os vice-campeões belenenses

Rui Dias

çEm janeiro de 1982, com 18 anos e cheio de sonhos para realizar, a primeira incumbência que me foi atribuída no jornalismo foi acompanhar o campeonato nacional de juniores, com maior incidência no Belenenses, comandado pelo falecido António Dominguez, mais tarde adjunto de Marinho Peres. Ao entusiasmo da primeira empreitada juntou-se a emoção pelo sucesso de uma campanha vitoriosa, que colocou os azuis à frente das maiores potências lisboetas, cedendo no final, apenas, para o campeão FC Porto.

Perto de 40 anos depois, os obreiros do feito reuniram-se e não esqueceram os então dirigentes Manuel Miguel e Luís Carneiro. Tiveram a excelente ideia de me convidar, razão pela qual pude rever gente que faz parte da minha vida e cujo contacto perdi pelo caminho: Torres, Roberto, Marinho, Tuna, Canhoto, Gomes, Nogueira (único internacional A), Jorge Silva (a estrela da equipa), Rocha e Martinho – para lá de Zé Maria, eterno roupeiro belenense. Os vice-campeões nacionais não tiveram sorte. Eram excelentes jogadores mas, quando subiram aos seniores, o Belenenses afundara-se pela primeira vez na 2.ª Divisão. Foi muito bom revê-los mas foi péssimo saber que Paz, Gama e Bonito se juntaram a Jaló, o guineense que era meia equipa e partiu jovem para o outro Mundo. Obrigado malta. E até para o ano.