Record (Portugal)

“É só recuperar o físico, mas o corpo tem memória”

-

Sempre foi um servidor de excelência. Em Braga conta jogar pelo meio, junto à linha?

G – Isso é com o míster. Ele é que tem de ver onde acha que posso render mais e ele é que vai decidir se tenho de jogar ou não. Pode acontecer, também. Pode achar que não tenho de jogar porque há outro colega melhor e se é melhor tem de jogar, porque quero ganhar. Se estou em campo, melhor, mas se um colega é melhor do que eu e é para ganhar, estamos juntos.

Mas onde se sente mais confortáve­l a jogar?

G – Onde a minha equipa jogue com bola. Se a minha equipa jogar com bola, posso jogar onde precisarem. Jogar sem bola é mais difícil para mim. Sempre o foi. E o Sp. Braga é uma equipa que joga com bola, o míster gosta de ter a bola e isso torna tudo mais fácil.

Já falou com o treinador Carlos Carvalhal sobre o papel que pode vir a ter nesta equipa?

G – Ainda não falei sobre um papel que possa ter ou não, mas tive uma conversa com ele ao telemóvel quando isto aconteceu e foi essa conversa com ele e com o presidente que me fez escolher o Braga. Eu estava dentro do projeto deles e isso para mim era muito importante.

Desde outubro não tem tido muitos minutos de competição oficial. Sente que isso pode ser uma desvantage­m?

G – Com isto do vírus acho que não vou ter problemas. Há muita gente que esteve parada. Há quem esteja parado seis meses ou um ano por lesão. Eu não tive esse problema, por sorte, e estou mais tranquilo. É só recuperar o físico e com bola posso demorar uma ou duas semanas, mas o corpo tem memória. Não vou ter problemas.

A experiênci­a pode ter um papel importante neste aspeto? É um jogador mais maduro, mais capaz de gerir melhor os seus tempos, isso pode ser importante?

G – Sim, pode ser. Eu não consigo gerir muito porque sempre que há um jogo vou querer jogar, mas isso é com as pessoas que trabalham connosco. Eles estão continuame­nte a perguntar como nos sentimos e eles vão dizer quando é o momento de descansar ou não.

Tem alguma meta pessoal para esta época?

G – Nunca pensei nisso. Nunca tive uma meta de golos ou assistênci­as. A minha forma de jogar é ajudar a equipa a jogar à bola. Eu sou mais de assistir do que fazer golos. Muitas vezes ficava com o guarda-redes e passava a bola ao lado para o meu colega encostar. Porque também penso que é mais fácil. Se eu chuto e o guarda-redes tira, ele está sozinho... Eu vejo assim o futebol, não penso em pôr metas de golos ou assistênci­as. Penso jogo a jogo, dia a dia e vamos ver o futuro.

“SE A EQUIPA JOGAR COM BOLA, JOGO ONDE PRECISAREM. JOGAR SEM BOLA É MAIS DIFÍCIL PARA MIM. SEMPRE FOI...”

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal