“América do Norte é viveiro de talento”
Jonathan David, avançado de 20 anos, tornou-se recentemente o reforço mais caro do Lille: 32 milhões de euros. Kevin Antunes viu-o pela primeira vez em 2016. “Ele tinha 16 anos, jogava num clube amador chamado Ottawa Internationals e houve alguém que o chamou para as seleções jovens do Canadá. Eu paguei do meu bolso para ir vê-lo num torneio de sub-17 no Panamá. E ele, com 16 anos e vindo de um clube amador, era diferenciado. Rápido, forte e muito inteligente. Com 16 anos fazia coisas que não eram normais num jogador canadiano que não estivesse num centro de formação com mais prestígio. Falei com algumas pessoas e aconselhei o Jonathan David. Um clube do México queria-o, mas ele já estava apalavrado para treinar no Gent”, relembra Kevin Antunes. Jonathan David promete dar que falar; outro jogador canadiano, Alphonso Davies (Bayern), já é conhecido por todos. E que outros talentos existem no Canadá? Record pediu a Kevin Antunes para assumir o papel de scout. “Jayden Nelson, de 17 anos, do Toronto FC. Extremo rápido, virtuoso e que gosta de ir no um para um. Se é um jogador diferenciado como era o Alphonso Davies com a mesma idade? Não acho que exista outro fenómeno no futebol canadiano, mas a América do Norte, no Canadá e nomeadamente Estados Unidos, é um viveiro de talento. Pulisic (Chelsea), Gio Reyna (B. Dortmund), Tyler Adams (Leipzig), o Jonathan David, o Alphonso Davies, o Weston McKennie (Schalke), entre outros. E o que é interessante, na ótica dos clubes europeus, é que estes miúdos saíram livres da América do Norte”, aponta.
“COM 16 ANOS E VINDO DE UM CLUBE AMADOR, JONATHAN DAVID ERA DIFERENCIADO. RÁPIDO E MUITO INTELIGENTE”