Record (Portugal)

ESCALÕES DE FORMAÇÃO EM RISCO

DGS NÃO AUTORIZA REGRESSO DAS COMPETIÇÕE­S JOVENS

- DIOGO JESUS E PEDRO GONÇALO PINTO

ç As regras por que todos os desportos, à exceção do futebol profission­al, esperavam desde 30 de julho, finalmente chegaram. A Direção-Geral da Saúde divulgou o documento com orientaçõe­s em que estratific­a as modalidade­s de baixo, médio e alto risco, autorizand­o o regresso aos treinos e competição, além de definir um eventual protocolo de testes. De fora ficam todos os escalões de formação, que continuam parados no sinal vermelho e a poder treinar apenas com distanciam­ento de 3 metros e, no caso do futebol, apenas com direito à partilha da bola.

Desta forma, as competiçõe­s jovens continuam à espera, com raras exceções. Só quem já tem provas internacio­nais anunciadas poderá entrar em ação, como é o caso de Benfica e FC Porto, podendo começar a treinar 45 dias antes de participar­em na UEFA Youth League. De resto, as ordens são para esperar, algo que está a gerar preocupaçã­o às fede

O documento com as linhas orientador­as da DGS está a gerar muitas dúvidas aos clubes e outras entidades, como a questão da definição de que zonas estão com transmissã­o comunitári­a ativa, por exemplo. No entanto, este é apenas um de vários pontos que gera confusão, sendo que o próprio documento não foi consensual. É que Record sabe que Filipe Froes, pneumologi­sta que esteve envolvido no processo desde o início, pediu escusa e pediu mesmo para sair do grupo de trabalho por não concordar com a versão final. Contactado pelo nosso jornal, o consultor da Liga naquilo que foi a retoma do futebol, não quis fazer comentário­s.

rações e aos clubes, especialme­nte os que têm jogadores residentes, como acontece com Benfica, Sporting e FC Porto, entre vários outros.

A preocupaçã­o é a nível desportivo – até porque se trata de ativos que deixam de ser rentabiliz­ados e potenciado­s –, mas, acima de tudo, escolar e social. Há vários contextos que se tornam complicado­s de assegurar e dúvidas que se acumulam quanto ao futuro dos jovens jogadores.

Crença mantém-se

A Associação de Futebol de Aveiro até já tinha feito os sorteios para as provas jovens, mas Arménio Pinho mantém-se otimista, embora afirme que “haverá consequênc­ias muito grandes se os escalões jovens não arrancarem”. “Temos esperança de que a DGS vai abrir condições para o futebol de formação. Este é só um ponto de partida e finalmente apareceu. Estas orientaçõe­s deixam a porta aberta para que se continue a negociar e a progredir”, disse a Record, antes de reforçar a confiança: “É bom os testes não serem obrigatóri­os, mas é impensável os jogos serem à porta fechada. Acredito no bom senso. É um dia de esperança.”

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CLUBES ESTÃO PREOCUPADO­S COM OS JOVENS, TANTO A NÍVEL DESPORTIVO COMO SOCIAL. ORIENTAÇÕE­S PODEM MUDAR

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