Record (Portugal)

O pior presidente da história

- Luís Aguilar jornalista

Por maiores que fossem as diferenças entre Messi e a atual direção do Barcelona, jamais se poderia prever final tão abrupto. Tão insensível. Tão grotesco. Se o respeito mútuo prevaleces­se acima da vaidade e das manobras de poder, o último jogo de Messi no Barça seria o último jogo da sua carreira. Com estádio cheio, lágrimas e aplausos. A homenagem total ao maior jogador da história de um clube que, durante anos, soube ser mais do que um clube. Um clube de causas. De liberdade. De resistênci­a.

Mas este é também o mesmo clube que, ainda antes de Messi, viu sair outros símbolos em rutura com as administra­ções. Cruyff, Ma

QUEM JULGA QUE SE PODE LIDERAR ASSIM, NÃO MERECE MESSI. NÃO MERECE O BARÇA

radona, Romário, Ronaldo ou Ronaldinho Gaúcho são alguns exemplos. A lista é grande. Messi é apenas o último nome – o maior de todos em matéria de Barça – que entra neste leque de finais litigiosos.

São desfechos que se repetem ao longo da enorme história do Barça. Mas nenhuma destas saídas consegue ser pior do que ter um presidente que contrata uma empresa para difamar os seus jogadores nas redes sociais. Aconteceu. Ficou provado. Todos souberam. Todos sabem.

Josep Maria Bartomeu, ainda assim, continua por lá. Não se ter demitido no dia em que todo o escândalo foi tornado público acabou por ser uma goleada bem mais devastador­a do que os 8-2 contra o Bayern. Quem julga que se pode liderar assim, através de manobras tão rasteiras, não merece Messi. Não merece nenhum jogador. Não merece o Barça.

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