Record (Portugal)

BONS TESTES

O Benfica de Jesus já mostra alguma nota artística. Falta manter a... consistênc­ia

- FILIPE PEDRAS

ç Ao quinto exame da pré-temporada, o Benfica continua a vencer. Desta vez, frente a um Bournemout­h recém-despromovi­do ao Championsh­ip, a equipa manteve a diferença na faturação pela margem mínima, apesar de até ter chegado a apresentar volume de jogo para mais festejos. Sem direito a goleada – até aqui, a águia nunca marcara menos de quatro, tendo até chegado aos cinco ante o Farense –, os encarnados já mostraram alguns rasgos de qualidade, principalm­ente na primeira metade, deixando claro que um dos (bons) problemas a resolver passa apenas por dilatar a consistênc­ia a esse nível. Taarabt e o reforço Cebolinha decidiram apoiados na classe de Pizzi, num encontro em que Jesus explanou várias nuances táticas.

O onze inicial ontem apresentad­o, exceção feita a Nuno Tavares e, eventualme­nte, Seferovic, pode bem servir de base para 2020/21. Jesus apostou num 4x4x2 que de forma recorrente se camuflou num 4x2x3x1. Afinal, Pizzi, Rafa e Cebolinha moviam-se num animado carrossel de trocas posicionai­s nas costas do suíço, enquanto Taarabt se ia também chegando às zonas de decisão. Com voracidade para uma pressão alta, o Benfica propôs-se ao que JJ terá pedido: futebol apoiado, com combinaçõe­s simples mas rápidas, dinamismo ofensivo e ob

PELA PRIMEIRA VEZ NESTA PRÉ-ÉPOCA, A ÁGUIA NÃO GOLEOU MAS TEVE VOLUME PARA MAIOR FATURAÇÃO

jetividade. E logo aos 8’, não fosse António Nobre ter beneficiad­o o infrator ao não aplicar a lei da vantagem, Cebolinha teria inaugurado o marcador. O primeiro festejo acabou, todavia, por não tardar, com Taarabt a resolver à bomba um lance antes ganho por si na raça.

Patente ficou ainda alguma fragilidad­e nas transições defensivas logo a seguir, com o golo do Bournemout­h a ser alcançado com muita facilidade. Cebolinha tratou de resolver pouco depois com um daqueles movimentos que motivaram Jesus a pedir a sua contrataçã­o e a águia continuou a deixar boas indicações perante um adversário que ia dando boa réplica.

E o intervalo tudo mudou...

Para a segunda metade, Jesus lançou Waldschmid­t e Vinícius nos lugares de Pizzi e Seferovic, apostando num 4x4x2 mais clássico. Com os extremos mais amarrados aos flancos e o posterior refrescar do ‘miolo’ (com Florentino e Gabriel), o nível exibiciona­l ressentiu-se de forma acentuada. A águia poucas vezes conseguiu ligar uma jogada de início ao fim e, sempre com menos velocidade, tornou-se também mais fácil de anular por um adversário que também mexeu muito, ajudando ao carregar do cinzento na etapa complement­ar.

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JÁ RESOLVE. Reforço brasileiro fez o golo da vitória na Luz e esteve em bom plano

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