Record (Portugal)

ROGLIC APRESENTA CREDENCIAI­S

- ALEXANDRE REIS

O esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) provou ontem que se encontra em boa forma física e pode ser considerad­o um sério candidato a contrariar o favoritism­o do colombiano Egan Bernal (Ineos). O antigo saltador de esqui venceu a 4ª etapa do Tour e projetou-se até ao terceiro lugar da geral, liderada pelo francês Julian Alaphilipp­e (Deceuninck-Quick-Step), que conservou a camisola amarela. Na véspera da Volta a França havia muitas reservas quanto à condição de Roglic, por causa da sua queda feia no Dauphiné, mas o esloveno dissipou as dúvidas e mostrou como corre um

especialis­ta em provas por etapas. Na caminhada para a primeira chegada em alto, em Orcières-Merlette, o campeão do Milan-San Remo, o belga Wout Van Aert, impôs o ritmo na derradeira subida para o companheir­o aproveitar. Roglic, antigo vencedor da Volta ao Algarve (2017), acabou por ser o mais forte na aceleração final, batendo ao sprint nos últimos 150 metros o grupo onde vinham os principais favoritos, como Bernal e Alaphilipp­e, após 160,5 quilómetro­s desde Sisteron. O também esloveno Tadej Pogacar (Emirates) e o francês

Guillaume Martin (Cofidis) fecharam o pódio.

Na geral, Alaphilipp­e detém quatro segundos de vantagem em relação ao britânico Adam Yates (Mitchelton-Scott) e sete para Roglic. Já Nelson Oliveira teve uma jornada de sacrifício pela equipa, terminando em 80º (a 8.48 minutos), sendo agora 64º da geral (a 17.44). A Movistar não teve, no entanto, um dia bom, pois permitiu um corte que fez os espanhóis Enric Mas (18º a 9 segundos) e Alejandro Valverde (21º a 21) perderem tempo. “Estou de regresso. Todos viram que posso bater-me com os adversário­s e a melhorar de dia para dia. É bom voltar a ter estas sensações, e agora temos de dar continuida­de a este bom trabalho”, disse Roglic, de 30 anos, que não se importou por a amarela continuar em Alaphilipp­e, pois obrigará a maior trabalho da Deceuninck na sua defesa. Mas o francês também ficou satisfeito: “Queria ganhar a etapa, mas era difícil seguir o ritmo do comboio da Jumbo. Estou feliz por conservar a amarela, mas não vamos estar assim nas três semanas. As outras equipas têm de assumir a corrida”, disse Julian Alaphilipp­e.

Bernal está apostado em atacar mais à frente: “O objetivo é chegar à alta montanha, na terceira semana, com pouco tempo perdido. E recuperá-lo. Há que ter paciência.”

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Esloveno dissipa dúvidas quanto à sua condição física ao vencer a primeira chegada em alto

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RÁPIDO. Primoz Roglic acelerou a 150 metros da meta para bater a concorrênc­ia
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