DARWIN COMPLICA-SE
RUI COSTA EM ESPANHA PARA RESOLVER DIFERENDO DE SALÁRIOS E COMISSÕES
ç Está complicado o fecho das negociações por Darwin Núñez, avançado de 21 anos dos quadros do Almería. Record sabe que, na esperança de conseguir fechar já ontem a transferência – e assim evitar também que o jogador seguisse com a equipa para estágio em Marbella –, Rui Costa viajou para dita cidade espanhola, acompanhado até do intermediário que vinha estabelecendo a ponte entre os clubes. No entanto, à hora de fecho desta edição não foi possível selar o entendimento: nem com o emblema da segunda divisão espanhola, nem com o próprio internacional uruguaio.
Se nos últimos dias foi possível atingir uma base de acordo com o Almería para uma transferência em torno dos 25 milhões de euros, continuam a faltar limar algumas arestas, nomeadamente uma cláusula que permita ao Almería projetar ainda um encaixe extra com a futura venda do jogador. Tal será possível através da reserva de uma percentagem do valor total da transferência ou apenas da mais-valia gerada com a mesma. Para além disso, em cima da mesa está ainda a possibilidade de o jovem David Tavares rumar ao clube do país vizinho. À partida, nenhum destes aspetos seria suficiente para fazer cair o negócio e o referido administrador da SAD seguiu então para solo espanhol com o objetivo de tentar resolver todos os problemas no terreno. No entanto, os encarnados depararam-se com inesperadas dificuldades para chegar a acordo com o jogador e também com os seus representantes. Não bastasse, há ainda o tema das comissões. Vamos por partes. O Benfica tinha já apalavrado um entendimento com Darwin Núñez para um contrato válido por cinco temporadas e um salário na ordem dos 1,5 milhões de euros. Os problemas começaram desde logo quando os empresários do jogador esclareceram que esse valor deverá ser... líquido, quando a SAD propunha que tal fosse bruto – nesse caso, Núñez levaria para casa cerca de 750 mil euros/ano. Neste aspeto, a diferença de posições era, portanto, ainda muito significativa e os encarnados acabaram por subir a parada, mas ainda não o suficiente para que tudo possa ser passado ao papel. Afinal, os agentes consideram que, tratando-se de um jogador de 25 M€, o salário terá de ser condizente e procuram colocar o atleta o mais perto possível do topo praticado na Luz (2,5 M€/ano).
Quanto às comissões, ao que foi possível apurar, os representantes exigem 2,5 milhões de euros, sendo que Luís Filipe Vieira não quer pagar... nem um cêntimo, pois considera que tal seria uma responsabilidade do clube vendedor. Hoje, o ‘forcing’ das águias prossegue, ainda com Rui Costa em Almería.
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ENCARNADOS JÁ MELHORARAM OFERTA SALARIAL PARA O AVANÇADO, MAS AINDA NÃO HÁ ENTENDIMENTO TOTAL