TESTE EM QUE SE NOTA MAIS ENTENDIMENTO
A 2.ª parte com alguns pormenores de interesse disfarçou primeira metade mais desinspirada
ç “As vitórias dão-nos moral, mas o que interessa é quando começar o campeonato.” A observação de Nuno Santos no final do jogo é normal na pré-época, altura em que reforços como ele – ontem jogaram cinco de início no Sporting – se integram na dinâmica da equipa. Com mais ou menos tempo em conjunto, o entendimento que se ganha nos treinos e jogos acaba por vir ao de cima, até porque a linguagem do futebol é universal. Quando Wendel levantou a cabeça para cruzar, depois de um toque simples que tirou dois adversários de uma só vez, Feddal, que ficara na grande área após o pontapé de canto, fez-lhe sinal com o dedo para onde queria a bola. O brasileiro obedeceu e o resultado foi o golo de empate dos leões aos 71’. O golo da reviravolta surgiu de um penálti conquistado e convertido por Jovane, mas é importante destacar o que aconteceu antes. Durante quase um minuto, o Sporting circulou a bola entre vários jogadores e de um lado ao outro do campo – nem sempre a um ritmo elevado é certo – e, tirando o toque de um jogador do Valladolid na bola para devolvê-la de imediato aos leões, a jogada ganhou velocidade na zona perto da grande área. Os toques de Vietto e, principalmente, Tiago Tomás, desenharam o lance que terminou no penálti.
JOGADA DO PRIMEIRO GOLO E ANTES DO PENÁLTI COM SINAIS POSITIVOS DA EQUIPA ORIENTADA POR RÚBEN AMORIM
Claro que nem tudo foi positivo, algo perfeitamente normal nesta fase de preparação. Faltaram ideias e criatividade na 1ª parte, embora Wendel tenha feito por contrariar isso. O brasileiro foi um dos melhores, juntando-se a Pedro Porro, Feddal, Nuno Santos, Tiago Tomás e Jovane dos que deixaram melhores indicações em Alverca. Os três últimos foram trocando entre si nas posições da frente, apostando na movimentação para fugir às marcações do Valladolid e, assim, tentar encontrar espaço para criar perigo. Tiago Tomás, por exemplo, teve dois remates muito perigosos, um deles ao poste e em ambos os lances apareceu mais descaído para o lado direito. Ou, por exemplo, quando Jovane partiu do centro para atacar a profundidade antes de dar o golo a Vietto. Não contou porque houve fora-de-jogo, mas a intenção esteve lá.
O 2-1 de ontem, a terceira vitória consecutiva nesta pré-época, junta-se a uma lista que teve o mesmo resultado com o Portimonense e o 3-1 com o Belenenses SAD. Em todos o Sporting marcou, em todos sofreu golos, sendo que dois deles foram de penálti – ambos cometidos por Feddal . Ainda há muito para Rúben Amorim afinar, mas já há evolução. A comprovar contra adversários mais fortes.
*