Record (Portugal)

A Liga decreta o ‘novo normal’

OU O EX-PRESIDENTE DO BOAVISTA, DA LIGA E DA CÂMARA DE GONDOMAR REQUEREU O ESTATUTO DE DENUNCIANT­E ARREPENDID­O OU O ‘NOVO NORMAL’ PARA A LIGA DE PEDRO PROENÇA ATINGIU UM PATAMAR DE EXOTISMO INVEJÁVEL NA SOMÁLIA

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A próxima edição do campeonato nacional de futebol já tem calendário, o que sempre é matéria concreta para entreter adeptos visto que a prova não vai ter público nas bancadas até ordem em contrário das autoridade­s sanitárias. O sorteio, felizmente, correu com acerto e não houve necessidad­e, tal como aconteceu no ano passado, de repetir o procedimen­to por força de um erro na disposição e nos condiciona­mentos das equipas em competição. Este ano dizem que foi tudo a preceito na cerimónia que consagrou o melhor 11 da Liga passada, que forneceu o programa das festas até ao mês de maio de 2021 e que distinguiu Valentim Loureiro com o prémio Prestígio que é – será? – uma espécie de prémio de carreira atribuível a quem disponha de uma longa e excelente folha de serviços na indústria do futebol.

O futebol, por cá e por todo o lado, depara-se com aquilo a que se chama ‘o novo normal’ e, por cá, o novo normal é considerar que a figura de Valentim Loureiro é indissociá­vel da palavra Prestígio. Ou o ex-presidente do Boavista, da Liga e da Câmara de Gondomar requereu o estatuto de denunciant­e arrependid­o passando a colaborar com as autoridade­s ou ‘o novo normal’ para a Liga de Pedro Proença atingiu um patamar de exotismo invejável na Somália. Foi bastante curiosa a reação da imprensa e dos analistas e até dos clubes a este preito prestado a Valentim Loureiro, principalm­ente por não ter havido reação alguma. Impôs-se um silêncio quase geral sobre a matéria. Pronto, está bem, não se fala mais nisso. Cobardolas. Duas primeiras impressões sobre o Benfica que se prepara para atacar a temporada de 2020/2021 prestes a começar sob o espectro do vírus e sob a ameaça do novo conceito de prestígio: a equipa parece estar viva ao que não deve ser estranho o facto de ter um treinador mundialmen­te conhecido por ser um sujeito bastante exigente, quanto à segunda impressão, cá vai ela: entre todos os jogadores que foram dados a observar nos jogos amigáveis com o Bournemout­h e com o Sporting de Braga não se vislumbra quem possa fazer sentar André Almeida no banco dos suplentes. Este é, aliás, um clássico das últimas pré-temporadas. Graças a semelhante facto, tão difícil de entender por muita gente, vem o Benfica contando com os serviços do seu ‘capitão’ sem grande dolo na ala direita da sua defesa. No jogo de quarta-feira, por necessidad­e face à escassez de especialis­tas da posição, André Almeida ocupou a posição de defesa-central e também sem dolo como vem sendo costume. Se todos os problemas do Benfica se chamassem André Almeida seria quase, quase um descanso.

Falando de nomes. Da discussão por Cavani à discussão por Darwin, ena pá, que grande tombo. Mas só o futuro nos trará conclusões sobre este uruguaio caríssimo rebuscado na II divisão espanhola. É futebol, tudo é possível.

DA DISCUSSÃO POR CAVANI À DISCUSSÃO POR DARWIN, ENA PÁ, QUE GRANDE TOMBO

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Leonor Pinhão Jornalista
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