FÓRMULA DE SUCESSO
Seleção gaulesa derrota Croácia num embate um pouco similar à final do Mundial da Rússia
ç A seleção francesa segue também invicta no grupo de Portugal da Liga das Nações depois de ter derrotado a Croácia, por 4-2. Num encontro em que a formação de Zlatko Dalic entrou melhor e esteve na frente do marcador, os bleus reagiram bem e garantiram a reviravolta, naquele que foi um duelo um tanto ou quanto similar ao que sucedeu na final do Mundial’2018. Desde logo, o resultado acabou por ser idêntico (4-2) e a beneficiar a seleção de Didier Deschamps, mas as estatísticas foram tiradas a papel químico - seis remates à baliza para França e quatro no alvo para os croatas, tal como em Moscovo - e a emoção também se repetiu.
França, sem Mbappé e Pogba (ambos com Covid-19), apresentou-se com novidades no onze (Upamecano, N’Zonzi e Ferland Mendy) face a uma Croácia também carente de Rakitic e Modric. Ainda assim, os visitantes entraram melhor, criaram alguns lances de perigo e surpreenderam num canto. Aos 17’, Lovren parecia quase um avançado, tal a facilidade com que deixou por terra Hernández e Sissoko para abrir o marcador. Depois, Griezmann desperdiçou uma boa chance (33’), mas o avançado marcou mesmo aos 43’, após um bom contra-ataque. Assim, igualou Zidane como o 5º melhor marcador (31 golos) da história da seleção. A reviravolta chegou antes do intervalo (45’+1), com o guardião Livakovic a fazer autogolo, na sequência de uma bola ao poste de Martial. Na etapa complementar, os franceses voltaram a apanhar um susto. Aos 55’, Breakalo estreou-se a marcar (2-2) pelos croatas, só que, a partir daí, França controlou. Aos 65’, Upamecano cabeceou para golo e logo no seu primeiro jogo caseiro pela seleção, enquanto Giroud fechou as contas (77’), de penálti, e já só está a um golo de igualar o registo de Platini no bleus. No final, Deschamps vincou a recuperação: “Colocámos mais esforço depois dos primeiros 30 minutos. Tem de haver entrosamento, mas estamos bem!”
“COLOCÁMOS MAIS ESFORÇO DEPOIS DOS PRIMEIROS 30 MINUTOS. MAS ESTAMOS BEM”, ANALISOU DIDIER DESCHAMPS
Camavinga histórico
O duelo ficou ainda marcado pela estreia de Camavinga na seleção francesa. Com 17 anos e 303 dias, o médio nascido em Angola tornou-se o terceiro jogador mais jovem a estrear-se por França, o mais novo desde a I Guerra Mundial. “Senti um orgulho enorme, mas ainda tenho muito para percorrer”, assinalou.
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