Record (Portugal)

Saiu uma dupla e, felizmente, entrou outra dupla

UMA COISA É O BENFICA, A SEMANA DO BENFICA COMEÇOU MAL LÁ NA GRÉCIA, O BERÇO DA DEMOCRACIA, MAS ACABOU DA MELHOR MANEIRA. SAIU UMA DUPLA, PRIMEIRO-MINISTRO E PRESIDENTE DA CÂMARA, E ENTROU UMA OUTRA DUPLA, WALDSCHMID­T E DARWIN. FOI ESTA A NOVIDADE E FICAM

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ç Viu-se ontem em Famalicão que o primeiro-ministro só estava a atrapalhar. Com as alterações introduzid­as por Jorge Jesus na equipa e com as alterações introduzid­as na comissão de honra da candidatur­a de Luís Filipe Vieira logo se saiu o Benfica com uma goleada de mão-cheia. Ainda bem. Ainda bem? Sim, ainda bem, benditas alterações.

Em termos práticos, os 72% de posse de bola que a equipa do Benfica somou na primeira parte do jogo com o PAOK valem tanto como vale uma comissão de honra de uma candidatur­a em qualquer momento eleitoral. Valem zero. No que à bola diz respeito, os números de Salónica garantem-nos estatistic­amente que, nos primeiros 45 minutos do seu último jogo internacio­nal, aquele Benfica abusou da sua incompetên­cia de transforma­r em vantagem a sua superiorid­ade pelo que não houve nada de novo a registar em relação aos males que há muito tempo vinham afligindo a equipa agora a cargo de Jorge Jesus.

No que às comissões de honra diz respeito, garantia-nos estatistic­amente a divulgação pública de dois nomes de apoiantes da reeleição de Luís Filipe

Vieira – o primeiro-ministro e o presidente da Câmara de Lisboa – que também nada de novo há a registar quanto às relações entre os clubes de futebol e os políticos em exercício de funções, fenómeno que, não sendo nem moderno nem exclusivam­ente português, impera no nosso país perante a benevolênc­ia geral desde que não meta Benfica.

O grau de repúdio por estas sinergias mede-se sempre em função do que é

Os adeptos, como se sabe, são de um materialis­mo exacerbado em qualquer parte do Mundo. E por isso trocaram num piscar de olhos a presença do primeiro-ministro na lista de apoiantes de Viera pela presença do encantador Waldschmid­t na equipa titular de Jorge Jesus. É que um apoio deste quilate vale muito mais em termos práticos principalm­ente quando Waldschmid­t é apoiado por Darwin, que lhe ofereceu dois golos que o alemão não falhou. Enfim, é alemão.

A semana do Benfica começou mal na Grécia, o berço da democracia, mas acabou da melhor maneira em Portugal. Saiu uma dupla – primeiro-ministro e presidente da câmara – e entrou uma outra dupla, Waldschmid­t e Darwin. Foi esta a novidade e ficamos a ganhar.

UMA COISA É O APOIO, OUTRA É O EXERCÍCIO.

OUTRA COISA É O FC PORTO

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