Record (Portugal)

LEÃO ANTIVÍRUS

COATES APONTOU O SEGUNDO GOLO “É importante ganhar depois do que aconteceu”

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Sporting entrou no campeonato a ganhar, batendo o Paços de Ferreira na capital do móvel, por 2-0. Ainda em convalesce­nça da infeção generaliza­da de Covid-19, que limitou as opções de Rúben Amorim (o próprio treinador continua de baixa), o leão ganhou tranquilam­ente, com um período inicial agradável. O triunfo nunca esteve em risco, mesmo quando a formação de Pepa procurou anular a desvantage­m. Nesta fase, vencer é mesmo o melhor remédio. Entre duas eliminatór­ias de qualificaç­ão para a fase de grupos da Liga Europa, Amorim contou com os recuperado­s Nuno Santos e Eduardo Quaresma (este reforço de última hora), que começaram no banco. Ganhou mais opções, mas manteve o onze que alinhou diante do Aberdeen, na passada quinta-feira.

Já na formação da casa – e porque em período de pandemia ninguém está a salvo -, Pepa viu-se privado de João Amaral (titular em Portimão) e Diaby (suplente utilizado na ronda inaugural). Bruno Costa foi então chamado ao onze, preenchend­o um meio-campo a três.

Ai Tomás...

Com menos um jogo do que os principais rivais, FC Porto e Benfica, que venceram os dois primeiros compromiss­os da prova de regularida­de (assim como o Santa Clara), o Sporting, depois de ter visto o jogo com o Gil Vicente adiado, sabia que tinha de recuperar terreno. Com Nuno Mendes a embalar o leão na esquerda, a equipa de Alvalade podia ter marcado logo aos 3 minutos. Coates, com um passe em profundida­de, serviu o lateral, que recebeu bem e, depois de ganhar uns metros, centrou com precisão. Na cara de Jordi, Tiago Tomás fez o mais difícil: atirou por cima! Depois de ter resolvido diante dos escoceses, ontem TT falhou na finalizaçã­o. Aos 38’, arriscaria o remate cruzado (a bola saiu ao lado), o que lhe valeu raspanete de Nuno Santos (estava em posição privilegia­da para concluir).

Mesmo assim, foi Tiago Tomás quem conquistou o penálti de que resultou o 1º golo dos verdes e brancos: Fábio Veríssimo considerou que Tanque cortou com o braço o remate do jovem avançado. Com um disparo forte e colocado, Jovane colocou o leão a ganhar, aos 23’, antes de sair lesionado.

O golo ajustava-se ao que se passava em campo: ascendente do Sporting, que emprestava

mobilidade ao ataque e evidenciav­a consideráv­el entrosamen­to. Os castores tentavam surpreende­r com remates de longe (Tanque, 7’; Oleg, 34’) e criar perigo em lances de bola parada laterais. Em desvantage­m, procuraram chegar ao golo, mas os leões não deixaram que a baliza de Adán fosse ameaçada.

Maldade

O Paços foi uma equipa atrevida, não obstante a segurança defensiva leonina, e, com o empate à distância de um golo, Pepa lançou dois jogadores de uma assentada: Fernando Fonseca e Lucas Silva. No entanto, o Sporting nem deixou o técnico anfitrião perceber os efeitos da alteração. Coates, culminando uma jogada que começou com Tiago Tomás a variar o jogo da direita para a esquerda, fez o 2º golo, aos 63’, e sentenciou o jogo. Isto depois de Porro ter assustado (59’) na marcação de um livre direto. Com o jogo controlado, a equipa técnica leonina começou a gerir, certamente a pensar no playoff da Liga Europa, na quinta-feira. Por exemplo, Daniel Bragança teve direito a 25 minutos em campo, mostrando bons apontament­os técnicos, ainda que sem resultados práticos. Mas o Sporting voltou a casa com os três pontos, somando o 2º triunfo da temporada – mais uma vez sem sofrer golos.

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