Record (Portugal)

ADMINISTRA­ÇÃO SOB FOGO CERRADO

Reunião magna levou a Alvalade João Benedito e vários ex-dirigentes. Ricciardi fez-se representa­r

- JOÃO LOPES, LUÍS MOTA E VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES

ç A dívida do clube à SAD; o défice estrutural; a antecipaçã­o de receitas relativas a direitos televisivo­s (até 2022); o protocolo com o Wolverhamp­ton e a contrataçã­o de Wang; a relação com as claques; o decréscimo dos proveitos em virtude da pandemia; os pagamentos a Jorge Mendes e demais comissões dadas a empresário­s; a dívida à Sampdoria e a outros credores; os nomes atribuídos aos relvados da Academia, designadam­ente o de Paulo Futre, que mereceu contestaçã­o generaliza­da...

Foi com este rol intermináv­el de assuntos que o conselho de administra­ção da SAD foi confrontad­o ontem durante a assembleia geral de acionistas, que teve início pelas 18 horas e que se prolongou madrugada fora, no Auditório Artur Agostinho no Estádio José Alvalade. A atual gestão esteve sob fogo cerrado, numa AG que reuniu no mesmo espaço o segundo candidato mais votado em 2018, João Benedito (acompanhad­o por Pedro Miguel Moura, que fez parte da sua lista), além de Pedro Baltazar e diversos elementos ligados a anteriores

A ATRIBUIÇÃO DO NOME DE PAULO FUTRE A UM DOS RELVADOS DA ACADEMIA GEROU CONTESTAÇíO GENERALIZA­DA

órgãos diretivos, como Carlos Vieira, Bruno Mascarenha­s ou Luís Gestas.

Presença igualmente notada foi a de Quito Fernandes, em representa­ção de José Maria Ricciardi – outro ex-candidato à presidênci­a do clube –, que foi, aliás, o primeiro a intervir depois de Francisco Salgado Zenha apresentar de forma detalhada o relatório de gestão e as contas do exercício 2019/20 (que fecharam com lucro de 12,5 milhões de euros). Fernandes trazia uma dúzia de questões e colocou-as todas, antes de passar a palavra a Nuno Sousa, candidato anunciado às eleições de 2022, que encabeça o movimento ‘Ser Sporting’. Seguiram-se mais duas dezenas de intervençõ­es, na esmagadora maioria contrárias ao modelo de gestão seguido por Frederico Varandas. Houve quem confrontas­se o presidente com o que classifico­u de “sucessivos tiros nos pés”, no domínio do futebol e, aí, Varandas reconheceu erros próprios. Admitiu ter-se enganado em relação a Wang e a Rosier e admitiu que o Sporting funcionou como “barriga de aluguer” para Ansu Fati melhorar o contrato com o Barcelona. À hora de fecho desta edição, a assembleia ainda decorria, embora existisse a certeza de que todos os pontos da ordem de trabalhos seriam aprovados pelo acionista maioritári­o, o Sporting.

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CONTROLO. João Benedito mediu a temperatur­a à entrada para a AG; atrás, está Pedro Miguel Moura, que fez parte da sua lista em 2018

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