Decisões sem critério

çA arbitragem da última jornada fica marcada por uma decisão que fragiliza e descredibiliza todo um sector e faz renascer a dúvida sobre as escolhas e o papel do VAR. O pontapé de penálti assinalado em Paços de Ferreira não tem qualquer base legal, perante as leis de jogo, para ser punido. Fábio Veríssimo ignorou todas as indicações oficiais que definem as infrações com as mãos/braços e contou com a ‘ausência’ do VAR para cometer um erro que condicionou todo o jogo e o resultado final. Não é punida uma situação inesperada em que a bola sofra um desvio no corpo do jogador e ressalte para o seu braço, que estava numa posição normal. Neste lance não existe nenhum fator que valide a decisão tomada em campo pelo árbitro e, mais grave, contou com a validação do VAR. No mesmo jogo, mas na área contrária, aconteceu uma situação em que a bola bate no braço do defesa, sem os ressaltos do lance anterior, e o árbitro nada assinala. O VAR não existe para ser o par de dança ‘guiado’ pelo árbitro ao som das leis de jogo. É um elemento que, no mínimo, devia intervir quando, em lances de natureza igual, são tomadas decisões diferentes que colocam em causa a verdade desportiva. A situação torna-se mais grave quando é um dos árbitros internacionais a falhar na interpretação das leis de jogo e, principalmente, aplicar diferentes critérios no mesmo jogo.