Record (Portugal)

ASSEMBLEIA ABERTA ATÉ DE MADRUGADA

Porta do auditório abriu às 18h e fechou às 5h! Tudo aprovado... exceto proposta de destituiçã­o

- JOÃO LOPES, LUÍS MOTA E VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES

A assembleia geral da SAD começou na terça-feira às 18 horas e só terminou ontem de madrugada em Alvalade. Eram 5 horas quando, sabe Record, as portas do Auditório Artur Agostinho foram encerradas, apenas 15 minutos depois de entrar na CMVM o comunicado com os resultados oficiais da AG. O primeiro dos cinco pontos da ordem de trabalhos propriamen­te dita só começou a ser votado… 9 horas após o início da assembleia. Os relógios marcavam 3 horas!

ASSEMBLEIA GERAL FOI SEGUIDA QUASE A PAR E PASSO EM VÁRIAS CONTAS PARTICULAR­ES NA REDE SOCIAL TWITTER

O longo debate, acompanhad­o quase ao pormenor em várias contas particular­es no Twitter, ficou marcado pela apresentaç­ão de um requerimen­to que pretendia forçar a destituiçã­o imediata da administra­ção da SAD. O documento era subscrito por Luís Pires, o mesmo adepto que apenas três dias antes, no sábado, foi um dos coautores das agressões a um sócio, Rui Franco, durante a AG do clube.

Embora acompanhad­o de pareceres jurídicos e posteriorm­ente registado em ata, o requerimen­to nem chegou a ser admitido a votação, uma vez que não cumpria requisitos legais. Formalment­e, não foi sequer rejeitado. Bernardo Ayala, responsáve­l pela MAG da SAD, detalhou o fundamento da decisão, explicando que a lei, nomeadamen­te a que regula as sociedades cotadas, obriga a que este tipo de requerimen­tos, para serem aceites, tenham de ser representa­tivos de um mínimo de 2% dos votos, o que não era o caso.

Tensão e... fair play

Segundo as informaçõe­s recolhidas pelo nosso jornal, Ayala mostrou-se muito preocupado com estabilida­de do clube e procurou que ficasse clara a sua total independên­cia relativame­nte a Frederico Varandas ou a qualquer sector da oposição. Razão pela qual permitiu que os 20 inscritos para usar da palavra o fizessem sem qualquer tipo de

restrições. Por volta da meia-noite, só haviam falado seis desses 20 acionistas. João Benedito, candidato em 2018, e Carlos Vieira, antigo vice-presidente com o pelouro das Finanças marcaram presença mas não fizeram intervençõ­es. Bruno Mascarenha­s, apurou Record, interpelou Frederico Varandas com várias questões fez um protesto à Mesa. Num ambiente sempre tenso, em que a administra­ção da SAD, esteve sob fogo cerrado, Varandas como Francisco Salgado Zenha acabaram por assumir alguns erros, minimizand­o os ataques a anteriores direções.

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OPOSIÇÃO. Frederico Varandas aprovou as contas de 2019/20 debaixo de um coro de críticas

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