Record (Portugal)

Uma regra que até baralha os árbitros

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çEm Inglaterra, as críticas relativas ao critério utilizado pelos árbitros no julgamento de lances de ‘bola na mão’ aumentaram de tom. Clubes, treinadore­s, jogadores, comentador­es e ex-árbitros consideram que a interpreta­ção imposta pela Profession­al Game Match Officials Limited (PGMOL) é errada e mesmo os árbitros do ‘grupo de elite’ não escondem que estão baralhados.

Há quem diga que o futebol em Inglaterra está a tornar-se uma anedota e, como sublinhou Roy Hodgson, técnico do Palace, a ser destruído. Há quem, como Mourinho, prefira não comentar o aberrante penálti assinalado por mão de Dier, preferindo contribuir com o seu dinheiro para caridade do que para pagar multas à Premier. E há árbitros que reconhecem ter assinalado o castigo apenas por força da regra e que, sem esta, não a assinalari­am. Inconcebív­el!

Mas o que disse a PGMOL? Disse que mesmo que a bola venha do joelho, da cabeça ou do peito e bata num braço que esteja afastado do corpo isso não é um gesto natural e, por isso, deve ser penálti. O que contraria as leis da Internatio­nal Football Associatio­n Board.

Assim, marcam-se penáltis mesmo quando o jogador está de costas para a bola e para o adversário, ou quando o movimento do braço foi usado para aumentar apenas a impulsão no salto. Mas pode um jogador saltar com os braços colados ao tronco? Não… mas é a regra.

Todavia, a marcação de mão na bola deveria ser simples e obedecer a questões como: o jogador deliberada­mente aumentou a volumetria com os braços? E deliberada­mente jogou a bola com a mão? Ou propositad­amente usou a mão para desviar a bola da sua trajetória? Se as respostas forem sim, marque-se penálti! Se as respostas forem negativas, deixem a bola rolar e acabem com o ‘nonsense’ de uma interpreta­ção anedótica. O futebol agradece.

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