A lei da eficácia e uma defesa cheia de betão
+ O que esteve na base desta histórica vitória do Marítimo no Dragão?
A eficácia do próprio Marítimo, como é óbvio, que marcou quatro golos, um deles anulado, e acertou uma bola na barra na origem do 1-2. Ou seja, de cada vez que a equipa de Lito Vidigal chegou à área do FC Porto foi para provocar estragos e, cá atrás, também foi tremendamente eficaz a defender, formando aquele muro de betão armado que parecia sempre intransponível.
+ O que é que o FC Porto devia ter feito e não fez?
Ser mais rápido na circulação da bola e na famosa basculação, algo que obrigaria o bloco madeirense a mexer-se mais de um lado para o outro. Os dragões até foram pacientes, como se impunha num jogo assim, perante um adversário em bloco baixo, mas não tiveram a imaginação necessária para saltar o tal muro. E sem a imaginação também há pouca criação de oportunidades.
+ Amir é o grande herói? Foi determinante até pela forma como voou para travar o penálti de Alex Telles, mas seria injusto não colocar este coletivo dos insulares como o mais decisivo para a primeira vitória da história do Marítimo na casa do FC Porto em jogos do campeonato.
+ Este jogo demonstrou que o FC Porto precisa de mais um avançado?
Claro que precisa, mas não me parece que Toni Martínez seja a solução. Taremi pode acrescentar muito mais e Zé Luís quis resolver as coisas com duas bicicletas, mas isto não é a Volta a Portugal...