Record (Portugal)

Urnas e títulos

- FiliFilipe Pedras P d Editor É IMPOSSÍVEL DISSOCIAR O MAIOR INVESTIMEN­TO DA HISTÓRIA DAS ELEIÇÕES DESTE MÊS

Em abril, na Luz falava-se com muita cautela na abordagem ao mercado. E o Benfica acabou esta janela de transferên­cias como sexto (!) clube que mais gastou no reforço da equipa na Europa. Foram quase 100 M€, o maior investimen­to da história e o plano de contenção foi contrariad­o. Afinal, enquanto o plano era limado, ainda o Benfica não tinha visto o campeonato fugir para o FC Porto.

A ter de correr atrás do prejuízo, Vieira atravessou-se. Em ano de eleições, assumiu que é na hora do aperto financeiro que se fazem os melhores investimen­tos. É um facto que a maioria dos jogadores contratado­s são internacio­nais e alguns deles pouco ou nada têm a provar.

Seria preciso fazer o maior investimen­to da história para ganhar tudo em Portugal ou até para fazer boa figura nas provas europeias? Também está provado que não, pois com muito menos o Benfica já o conseguiu num passado recente.

Nota ainda para as saídas. O Benfica ‘trocou’ Rúben Dias por um experiente Otamendi (32 anos), metendo ao bolso mais de 50 M€ com o objetivo de equilibrar as contas. Que o próprio Benfica desequilib­rou com o tal investimen­to. Pelo caminho, meteu a rodar miúdos do Seixal, reconfigur­ando o modelo de aposta no Seixal.

Podemos dar as voltas que quisermos, mas é impossível dissociar o investimen­to de Vieira dos votos nas urnas. Se o Benfica tivesse sido campeão há alguns meses, será que agora a SAD gastava 100 M€? Dá pouco que pensar.

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