Reforçar sem fazer all-in
çO mercado em qualquer clube obedece ao processo de construção de uma equipa. Os planos vão sendo reajustados à obra. E foi isso o que o Sporting fez, desde finais de agosto.
Por essa altura a equipa já tinha ido para estágio com a maioria das posições preenchidas, algo que tem sido raro em Alvalade nos últimos anos. Faltavam chegar, como Record deu conta, um central e um avançado. A partir daqui, só haveria mexidas em função de saídas.
O que mudou em setembro foi a análise de Rúben Amorim, de acordo com a resposta da equipa. Havia dinheiro fresco de Matheus Pereira, Acuña e Wendel, mas não havia mi
EM AGOSTO A IDEIA ERA TRAZER UM CENTRAL E UM PONTA-DE-LANÇA. PLANOS FORAM REAJUSTADOS
lagre financeiro nem all-in. O treinador terá, então, concluído que, não podendo ter reforços que fizessem, de facto, a diferença, o melhor seria apostar em quem já tinha e que, de resto, estava a corresponder até acima das expectativas. Veja-se Tiago Tomás, a melhor surpresa deste início de temporada.
Creio que foi por isso que o Sporting em segunda análise decidiu ‘congelar’ os planos de agosto: nem central nem ponta-de-lança, chegou um extremo capaz de fazer todas as posições de ataque (Tabata) e um médio que vem colmatar a saída de outro (João Mário por Wendel). Palhinha, que estava de malas feitas, foi outro ‘reforço’ de potencial grande alcance.
Dito isto, a diferença de recursos para os rivais poderá sempre ser invocada. Amorim tem o plantel que quer mas... dentro do que o Sporting pode dar.