Soluções quase geniais
çO esgotar da areia na ampulheta do mercado deixava antever que desta vez, sim, finalmente iam despencar sobre o Dragão as sete pragas do Egito, provocando ondas de choque com proporções bíblicas. No entanto, e uma vez mais, o FC Porto escarneceu dos seus detratores, sobreviveu ao desafio e promete continuar a causar grandes dores de cabeça a quem, com crise financeira ou sem ela, não respeitar o seu estatuto de campeão. Apesar do risco inegável de vender Alex Telles e Danilo Pereira em baixa, remodelar quase por completo o ataque e ainda ter pedras-chave em final de contrato, a SAD conseguiu dar a volta ao problema encontrando soluções quase geniais. Desde logo porque
ANDERSON, GRUJIC E SARR SIGNIFICAM UMA INJEÇÃO NO PLANTEL DE 55 MILHÕES EM VALOR DE MERCADO
conseguiu dez reforços, quase todos do agrado do treinador, por 25,1 milhões de euros, ou seja, a um custo médio de praticamente 2,5 milhões por contratação. Isto enquanto o seu principal rival, o Benfica, investiu 98,1 milhões em nove aquisições, ficando perto dos 11 milhões de euros por alvo garantido. E isto sem que seja possível identificar qualquer quebra de competitividade.
As três cerejas no cimo do bolo chegaram da Premier League. O golpe de asa de Pinto da Costa em cima da linha de meta do mercado superou as expectativas e provavelmente até desbravou uma via que terá de voltar a ser explorada no futuro. Malang Sarr, Marko Grujic e Felipe Anderson significam uma injeção de 55 milhões de euros de valor de mercado no plantel, segundo o Transfermarkt. Verdadeiros diamantes em tempo de crise que agora dependem do lapidador.